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Presidente: Há muitos a chegarem atrasados ao interesse no Novo Banco

O presidente executivo do Novo Banco disse hoje que a sua administração fica satisfeita por haver interessados na compra do banco, mas que há muitos "a chegarem atrasados".

Presidente: Há muitos a chegarem atrasados ao interesse no Novo Banco
Notícias ao Minuto

23:26 - 28/02/20 por Lusa

Economia Novo Banco

"Vejo que o Novo Banco tem sido ultimamente extraordinariamente falado por haver muito interesse na sua aquisição e para nós é um grato prazer porque em 2017 no seu processo de venda a verdade é que nenhum banco ou pode ou soube ou quis adquirir", afirmou António Ramalho na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2019 (prejuízos de 1.058,8 milhões de euros), em Lisboa.

"Vejo agora que todos parecem interessados, os que o dizem e se calhar alguns dos que não dizem", acrescentou.

Segundo o gestor, esse interesse "satisfaz a administração", uma vez que qualquer empresa quer ser atrativa.

"O que julgo é que há bastantes pessoas a chegarem atrasadas", acrescentou.

Tanto o BCP como o Bankinter admitiram que avaliarão a oportunidade de aquisição do Novo Banco quando este for colocado no mercado.

O Novo Banco (o banco criado em agosto de 2014 para ficar com parte da atividade bancária do BES) foi vendido, em outubro de 2017, em 75% ao fundo norte-americano Lone Star, tendo então sido acordado com o Estado não vender o Novo Banco durante pelo menos três anos.

O banco divulgou hoje prejuízos de 1.058,8 milhões de euros em 2019, uma diminuição face aos 1.412,6 milhões de euros verificados em 2018.

Com as perdas de 2019 conhecidas, desde agosto de 2014, quando foi criado para ficar com parte da atividade bancária do BES, o Novo Banco já acumula prejuízos de 7.036,3 milhões de euros.

O banco confirmou ainda que vai pedir uma injeção de capital ao Fundo de Resolução de 1.037 milhões de euros, no âmbito do acordo de capital contingente feito em 2017 com a Lone Star que prevê a recapitalização do banco pelo Fundo de Resolução para cobrir falhas no capital geradas pelos ativos tóxicos com que o Novo Banco ficou do BES (crédito malparado ou imóveis).

No total, o Fundo de Resolução bancário pode injetar 3,89 mil milhões de euros no banco até 2026.

Referentes a 2017 e 2018, o Novo Banco já recebeu 1.941 milhões de euros, pelo que com mais 1.037 milhões de euros o valor total injetado pelo Fundo de Resolução no Novo Banco ascenderá a 2.978 milhões de euros.

Uma vez que o Fundo de Resolução não tem dinheiro para fazer face a estas injeções de capital, todos os anos tem recorrido a empréstimos do Estado, o que se repetirá este ano (cerca de 850 milhões de euros).

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