Fesap anuncia novas formas de luta na administração pública
A Fesap anunciou hoje que vai avançar com formas de luta, que serão reveladas na próxima terça-feira, para exigir ao Governo que negoceie acordos de aumentos salariais, a revisão de carreiras ou a subida do subsídio de refeição.
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Economia FESAP
Em comunicado, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) realça que o endurecimento da luta e dos protestos visa responder ao encerramento do processo negocial que culminou com o Governo a propor uma atualização salarial de 0,3% para os funcionários públicos e um acréscimo de 10 euros para os trabalhadores que recebem atualmente até 683,13 euros brutos.
A decisão de "avançar com várias ações de luta e protesto", que serão divulgadas na próxima terça-feira, foi tomada numa reunião do Secretariado Nacional da Fesap e visa "levar um conjunto de matérias para a mesa das negociações com o Governo".
Entre as matérias que a estrutura sindical liderada por José Abraão pretende "negociar urgentemente" com o Governo estão a celebração de acordos anuais ou plurianuais que coloquem as remunerações dos funcionários públicos "numa trajetória de recuperação de poder de compra", a revisão das carreiras, o aumento do subsídio de refeição, a restituição dos três dias de férias retirados durante a 'troika' ou a restituição dos pontos da avaliação aos assistentes operacionais.
O endurecer da luta por parte da Fesap junta-se à decisão da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública de realizar uma greve nacional em 20 de março, hoje anunciada.
A decisão da Frente Comum foi anunciada durante um plenário nacional de sindicatos da administração pública, realizado esta tarde junto à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, Lisboa, que juntou dezenas de sindicalista, com a estrutura sindical a exigir aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores e a "correção urgente" da tabela remuneratória única.
O anúncio da greve foi feito no dia em que Ana Avoila deixa a coordenação da Frente Comum, sendo substituída por Sebastião Santana.
A última greve de trabalhadores da administração pública foi em 31 de janeiro, convocada pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), depois de a Frente Comum ter anunciado uma manifestação para esse dia, com pré-avisos de greve para que os trabalhadores participassem no protesto.
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