Sonangol negoceia adenda ao contrato com autoridades iraquianas
A Sonangol anunciou hoje que está a negociar com o Iraque uma adenda ao contrato relativo aos campos de Qayyarah e Najmah para que a remuneração assente não apenas na produção de petróleo, mas também na capacidade produtiva.
© Lusa
Economia Sonangol
"<span class="nanospell-typo">Atualmente produzimos cerca de 25 mil barris/dia [no Iraque], mas a nossa capacidade de produção pode atingir 50 mil barris", disse o presidente da Comissão Executiva da Sonangol Hidrocarbonetos Internacional, Frederico Ferraz Domingos.
Porém, o governo iraquiano não tem capacidade para absorver este petróleo, mantendo-se por isso, as dúvidas quanto à remuneração.
"Estamos a discutir com o governo iraquiano quando e como é que a Sonangol vai começar a ser remunerada, uma vez que o contrato diz que a empresa é remunerada com base na petróleo que é produzido", adiantou, indicando que o Governo angolano pretende introduzir uma adenda para que a remuneração seja feita com base nas capacidades de produção, e não apenas no que é produzido.
O investimento da Sonangol no Iraque resulta de um contrato de risco que o governo angolano assinou com as autoridades iraquianas, mas a atividade esteve parada durante alguns anos, ainda antes da entrada em produção devido à ocupação do Estado Islâmico.
Há cerca de dois anos, a Sonangol retomou a atividade no Iraque e tem agora os seus dois ativos - Qayyarah e Najmah - em segurança, tendo iniciado a produção em Qayyarah.
"Como é um ativo com contrato de risco, as reservas não pertencem à Sonangol, são pertença do Governo iraquiano", esclareceu Frederico Ferraz Domingos.
Os campos que a Sonangol detém a sul de Mossul desde 2009, num investimento de quase 300 milhões de euros, só voltaram ao controlo das autoridades iraquianas em finais de 2016.
Devido aos conflitos e instabilidade política foi acordado em 2015, pela Sonangol e pelo governo do Iraque, "a dispensa no cumprimento das obrigações contratuais" previstas anteriormente "e, consequentemente, o encerramento dos campos de petróleo".
Em janeiro de 2017, o ministro do Petróleo iraquiano, Jabbar al-Luaibi, pediu à petrolífera angolana para retomar a operação naqueles campos petrolíferos.
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