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CGTP solidária com estivadores em greve exige intervenção do Governo

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, exigiu hoje a intervenção do Governo para a resolução dos problemas laborais que afetam os estivadores do porto de Lisboa que se encontram em greve há oito dias.

CGTP solidária com estivadores em greve exige intervenção do Governo
Notícias ao Minuto

11:40 - 27/02/20 por Lusa

Economia Isabel Camarinha

"A solidariedade ativa é feita junto do sindicato mas também junto do Governo, exigindo a intervenção do Executivo -- para resolver este problema -- e para ver com as empresas como é que vão resolver a situação que está aqui a acontecer", disse à Lusa a secretária-geral da CGTP.

Isabel Camarinha, assinalou a primeira "ação de rua" como dirigente da central sindical, no piquete de greve dos estivadores do porto de Lisboa que se mantém no Terminal de Alcântara.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística que exige, entre outros pontos, o cumprimento dos acordos e o pagamento de salários em atraso.

"Estamos a demonstrar a nossa solidariedade mas também a transmitir que estamos disponíveis para ações que exijam, de facto, a resolução deste problema gravíssimo que está a acontecer no porto de Lisboa com as empresas de estiva: o não cumprimento dos acordos que foram feitos pelo sindicato, salários em atraso e as tentativas de regresso ao vínculo precário", sublinhou Isabel Camarinha.

A secretária-geral da CGTP defende igualmente a intervenção da Câmara Municipal de Lisboa porque, afirmou, "o porto de Lisboa faz parte da cidade".

António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística disse que "neste momento" a greve é parcial, para um grupo de empresas (cumprindo os serviços mínimos), acrescentando que "vai ser total" no dia 09 de março.

"Estamos no oitavo dia de greve, as empresas pagaram-nos 390 euros mas os trabalhadores estão firmes neste processo. Há 18 meses que os estivadores não recebem o salário a tempo e horas sendo que o acordo de 2018 não foi cumprido, sobre a atualização salarial, para os 350 trabalhadores do porto de Lisboa", disse António Mariano.

Presente no piquete de greve esteve também o deputado José Soeiro do Bloco de Esquerda que recordou aos trabalhadores em greve que o partido tomou uma iniciativa parlamentar, junto da Comissão de Trabalho, porque "o Governo tem a obrigação de intervir neste conflito".

"O que está a aqui acontecer é gravíssimo: um grupo empresarial turco está a tentar rebentar a empresa de trabalho portuário para abrir uma outra empresa ao lado, despedindo os trabalhadores com a ameaça de insolvência que foi provocada pelas próprias empresas", disse à Lusa José Soeiro.

Na quarta-feira, a organização mundial de estivadores exigiu ao Governo que "atue de imediato para repor a legalidade dos acordos em vigor e force os patrões portuários a pagarem os salários em atraso aos estivadores de Lisboa".

A tomada de posição do International Dockworkers Council (IDC) surge na sequência do pedido de insolvência da Associação - Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa (A-ETPL), empresa de cedência de mão-de-obra a sete empresas de estiva do Porto de Lisboa, que foi anunciado no passado dia 20 de fevereiro, um dia depois de os estivadores do porto de Lisboa terem iniciado a greve de três semanas.

Solidário com os estivadores do porto de Lisboa, que protestam contra os salários em atraso e o incumprimento dos acordos celebrados por parte da A-ETPL, o IDC adverte que os estivadores de centenas de portos de todo o mundo poderão vir a desenvolver ações de solidariedade para com os trabalhadores do porto de Lisboa.

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