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Impacto económico do Covid-19 na Ásia "pode ser pior do que o antecipado"

A agência de notação financeira DBRS antecipou hoje, na sequência do impacto causado pelo coronavírus, um primeiro trimestre economicamente "fraco" na Ásia, alertando que as consequências finais podem ser piores do que as antecipadas.

Impacto económico do Covid-19 na Ásia "pode ser pior do que o antecipado"
Notícias ao Minuto

20:42 - 21/02/20 por Lusa

Economia DBRS

"As evidência sugerem que a contenção é um desafio para os governos mundiais. O impacto do coronavírus aponta, claramente, para um primeiro trimestre de 2020 fraco para a região da Ásia, e o impacto final pode ainda ser pior do que o previsto", notou, em comunicado, a DBRS.

Conforme apontou a agência de notação financeira, a nível mundial e do ponto de vista económico, as empresas afetadas, por exemplo, pelos períodos de quarentena e restrições de viagem podem não conseguir retomar os normais níveis de produção "durante semanas ou mesmo meses".

No documento, a DBRS lembrou que, ainda na segunda-feira, a Apple anunciou que a sua previsão de volume de negócios para o segundo trimestre não vai ser alcançada devido a dificuldades de aprovisionamento do iPhone, uma vez que os seus armazéns na China estão fechados.

Por sua vez, também a produção automóvel tem enfrentado "interrupções", por exemplo, no acesso a matérias-primas e peças, o que tem dificultado o normal funcionamento das empresas.

"Na Ásia, pelo menos, as viagens e o turismo foram significativamente afetados e pode demorar algum tempo até à sua recuperação, caso as perceções dos riscos associados às viagens permanecerem elevadas", acrescentou.

Por país, a agência referiu que na China as autoridades "têm intensificado os seus esforços" para amortecer o impacto da epidemia na economia, enquanto em Singapura foram acionadas medidas, avaliadas em 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), onde se incluem um pacote de estabilização e suporte e um apoio adicional ao turismo, aviação, retalho, bem como serviços de alimentação e de transporte.

Já no Japão, "as respostas políticas de apoio à economia foram limitadas", embora o Governo tenha anunciado uma nova avaliação e contabilização do impacto do coronavírus no setor automóvel, considerou.

As restantes medidas do governo nipónico destinam-se, sobretudo, a conter a epidemia.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou 2.250 mortos e infetou mais de 76 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.

Além de 2.236 mortos na China continental, morreram quatro pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há mais de meia centena de casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

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