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Companhia aérea chama acionistas para decidir nova administração

A empresa Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), privatizada e transformada em Cabo Verde Airlines há um ano, convocou os acionistas para "deliberar sobre a nomeação dos novos membros dos órgãos sociais", segundo um edital consultado hoje pela Lusa.

Companhia aérea chama acionistas para decidir nova administração
Notícias ao Minuto

13:03 - 21/02/20 por Lusa

Economia Cabo Verde

De acordo com o edital da convocatória para a assembleia-geral extraordinária de 16 de março, os acionistas - Estado cabo-verdiano, investidores islandeses e grupo Icelandair -- são ainda chamados a "deliberar" naquele dia sobre a remuneração dos membros dos órgãos sociais.

Apesar de esta assembleia-geral só acontecer em março, a atual Cabo Verde Airlines (CVA) anunciou em 05 de fevereiro, em comunicado, que Erlendur Svavarsson é o novo presidente do conselho de administração da companhia, sucedendo a Jens Bjarnason, que ocupou o cargo desde o início de 2019.

A companhia aérea anunciou na altura que Erlendur Svavarsson foi nomeado como parte do contrato de gestão entre a Loftleidir Icelandic e CVA. Erlendur Svavarsson é vice-presidente sénior de vendas e 'marketing' da Loftleidir Icelandic desde 2010 e também tem trabalhado para a Loftleidir Icelandic e outras empresas da Icelandair em várias funções seniores e como membro de conselhos de administração desde 2003.

É também membro do conselho de administração da CVA desde o início de 2019, tendo estado envolvido no processo de privatização das companhia aérea cabo-verdiana.

Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da então empresa pública TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, uma empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).

O grupo Icelandair, que lidera a CVA, anunciou este mês que a companhia aérea cabo-verdiana deverá apresentar resultados positivos em 2021, mas necessita de contrair um financiamento de longo prazo.

A informação consta do relatório com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2019 do grupo aéreo islandês, que através da sua participada Loftleidir Icelandic EHF controla, desde 01 de março, diretamente, 36% da CVA.

A Icelandair refere que de acordo com o plano de negócios da CVA, são esperados prejuízos "nos primeiros dois anos após a aquisição" e lucros em 2021. Ainda assim, e sem quantificar, o documento também aponta que os resultados operacionais da CVA no último trimestre de 2019 "ficaram abaixo das expectativas".

"A CVA está à procura de financiamento de longo prazo. Se o financiamento de longo prazo não for garantido, isso poderá afetar negativamente a operação", lê-se no relatório do grupo Icelandair, de 07 de fevereiro, que identifica receitas oriundas da companhia de Cabo Verde no valor de 37,2 milhões de dólares (34 milhões de euros) e despesas de 1,1 milhão de dólares (um milhão de euros), em 2019.

Aquele grupo insiste que vê a aposta na CVA como "um projeto de desenvolvimento de longo prazo" e que "acredita que há oportunidades" para transformar o país, através da companhia aérea, num 'hub' entre os continentes africano, americano e europeu, "e ao mesmo tempo desenvolver Cabo Verde como destino turístico".

O Governo cabo-verdiano tem em curso o processo de venda de 10% das ações da CVA a trabalhadores e emigrantes e os 39% restantes por outros investidores, através da bolsa.

A Cabo Verde Airlines aumentou para quase 200.000 passageiros transportados nos primeiros oito meses após o processo de privatização.

Os números foram avançados em dezembro à agência Lusa por fonte oficial da companhia aérea cabo-verdiana e traduzem-se num crescimento de 85,4% do total de passageiros transportados, face ao mesmo período de 2018.

Entre março e outubro de 2018, a então Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) transportou 107.027 passageiros, enquanto que em igual período de 2019, a agora Cabo Verde Airlines registou 198.457 passageiros.

Para o Governo cabo-verdiano, a alternativa à privatização seria a sua liquidação, a qual custaria mais de 181 milhões de euros.

A companhia garante ligações do arquipélago para Dacar, Lisboa, Paris, Milão, Roma, Boston, Washington, Lagos, Fortaleza, Recife e Porto Alegre, mas a partir de 1 de março deixa de voar para Salvador da Baía, no âmbito do processo de reestruturação de rotas.

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