Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, o presidente executivo do banco, Miguel Maya, referiu que são "os melhores resultados dos últimos 12 anos".
Relativamente à distribuição de dividendos, Miguel Maya descartou apresentar já um valor a distribuir pelos acionistas, referindo que o fará "em momento oportuno" e que dado o contexto atual do negócio bancário será uma proposta "muito prudente" e "muito conservadora".
No ano passado, o BCP distribuiu 30 milhões de euros pelos acionistas, correspondentes ao resultado de 2018.
Em 2019, o resultado antes de impostos do BCP aumentou 12,4%, passando de 558,2 milhões de euros para 627,3 milhões em 2019, que corresponde a uma subida de 79% na atividade em Portugal e a uma descida de 14,7% na atividade internacional.
Em termos de proveitos principais, o banco liderado por Miguel Maya registou um aumento de 6,9%, passando de 2.107,7 milhões de euros em 2018 para 2.252,0 milhões em 2019.
Desse valor, as receitas com comissões do banco subiram 2,8%, passando de 684 milhões de euros para 703,5 milhões em 2019.
Já a margem financeira registou uma subida maior (8,8%), passando de 1.423,6 milhões de euros para 1.548,5 milhões em 2019.
Em termos de imparidades, o BCP registou menos 9,9% em 2019 face a 2018, o que corresponde a uma descida dos 601,1 milhões de euros para 541,6 milhões.
A descida corresponde sobretudo a uma redução de 16% nas imparidades para crédito, que desceram dos 464,6 milhões de euros para os 390,2, já que outras imparidades subiram 11%, de 136,5 milhões de euros para 151,4 milhões de euros.
As operações internacionais do BCP (sobretudo Moçambique e Polónia) contribuíram com 143,8 milhões de euros para o resultado líquido do banco em 2019, uma diminuição de 23,1% face aos 186,9 milhões de euros de 2018.
Em termos de exposição a crédito malparado, o grupo passou de 5,5 mil milhões de euros em 2018 para 4,2 mil milhões em 2019, e em Portugal passou de 4,8 mil milhões em 2018 para 3,2 mil milhões em 2019.
Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, que decorreu no Taguspark, em Oeiras, distrito de Lisboa, Miguel Maya disse que será avaliada a participação do banco na plataforma de gestão do crédito malparado.
"Tudo faz sentido enquanto faz sentido, temos de questionar e fazer balanço, custos e proveitos, e tomar as decisões em função desse balanço", afirmou o responsável máximo do BCP aos jornalistas.
Já em termos de rácios de capital, o CET1 ('Common Equity Tier 1') passou de 12,0% em 2018 para 12,2% em 2019, e o total de 13,5% em 2018 para 15,6% em 2019.