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Ministro defende poderes reforçados na concessão de biorresíduos

O ministro do Ambiente defendeu hoje que o Estado deve ter "poderes reforçados" na concessão do novo sistema de recolha de biorresíduos, considerando que não pode depender tudo do regulador do setor.

Ministro defende poderes reforçados na concessão de biorresíduos
Notícias ao Minuto

11:41 - 19/02/20 por Lusa

Economia biorresíduos

Em audição na Comissão Parlamentar de Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, rejeitou que o Governo tenha querido afastar os municípios do processo ao ter decidido por despacho atribuir os biorresíduos à EGF, do grupo Mota-Engil. O despacho foi, entretanto, revogado depois de uma reprovação da Entidade Reguladora do Setor da Água e Resíduos (ERSAR).

"Não me conformo que a relação de um concessionário com o Estado se faça apenas por via do regulador", disse, apontando à ERSAR vistas curtas e falta de sensibilidade para as metas que Portugal tem que cumprir na recolha seletiva de resíduos.

O argumento do Governo é que a EGF, já concessionária da recolha de resíduos urbanos em colaboração com a maior parte dos municípios, tem a infraestrutura montada para não ser preciso criar um novo circuito de recolha em todo o país.

Matos Fernandes considerou que a privatização da EGF em 2014, durante o governo de coligação PSD/CDS-PP, foi um "erro de palmatória", porque "na prática não existe enquanto empresa, mas apenas como acionista de sistemas que envolvem as autarquias".

O resultado, argumentou, é que "num setor que necessita urgentemente de evoluir, o seu 'player' mais capaz não pode fazer mais nada e a evolução do setor e o cumprimento de metas depende afinal de quem tem, de uma maneira geral, menor capacidade".

Contudo, afirmou que não está nos planos do governo reverter a privatização da empresa.

Os "investimentos estruturantes" necessários pela EGF para assegurar a recolha dos biorresíduos - principalmente alimentares domésticos e de restaurantes - devem ser "mesmo responsabilidade do concedente, ouvido o regulador", disse o ministro.

Esses investimentos devem ser refletidos nas tarifas a pagar pelos consumidores, defendeu,

O governo está a "construir com as autarquias uma solução que não passe pela irracionalidade da abertura de um concurso por município", afirmou Matos Fernandes.

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