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Maioria de analistas estima crescimento do PIB de 1,9% em 2019

Dois dos três analistas consultados pela Lusa estimaram um crescimento de 1,9% da economia portuguesa em 2019, em linha com as previsões do Governo, na véspera da divulgação dos números do PIB pelo INE.

Maioria de analistas estima crescimento do PIB de 1,9% em 2019
Notícias ao Minuto

12:40 - 13/02/20 por Lusa

Economia Analistas

Nuno Mello, da corretora XTB, estima um crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, em linha com as previsões do Governo e do Fundo Monetário Internacional (FMI), o mesmo sucedendo com Nuno Caetano, da corretora Infinox.

Já o economista-chefe do Banco Montepio, Rui Bernardes Serra, disse à Lusa esperar um crescimento médio de 2,0% em 2019, resultando "do cenário de crescimento em cadeia assumido para o quarto trimestre de 2019, que traduz [...] uma aceleração da economia na reta final do ano (de 0,2 pontos percentuais [p.p.])".

Em 2018, o PIB português cresceu 2,4%, e o Governo espera que em 2019 haja uma desaceleração do crescimento económico para 1,9%, em linha com as previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Conselho das Finanças Públicas (CFP).

Hoje, a Comissão Europeia estimou que o PIB português tenha crescido 2,0% em 2019, uma previsão em linha com a do Banco de Portugal.

No quarto trimestre de 2019, em cadeia, quer Nuno Mello quer Nuno Caetano, estimam um crescimento económico de 0,4%, com Rui Bernardes Serra mais otimista, prevendo 0,5%.

O analista da corretora XTB considera que "do lado da despesa é o consumo privado que continua a ser o principal impulsionador do PIB e que contribui para 66% do mesmo, seguido do investimento público, que contribui com 19%", estimando que "o ritmo de crescimento da despesa das famílias com bens duradouros e não duradouros deverá seguir a tendência de subida que registou no terceiro trimestre", compensando "a queda no investimento privado e na procura externa".

Já Nuno Caetano, da Infinox, justifica a sua previsão com o registo de "um certo abrandamento da economia europeia, assim como o decréscimo das exportações", assinalando que "o consumo privado também está em modo desaceleração, em linha com os rendimentos disponíveis".

Rui Bernardes Serra afirma, por seu turno, que o "abrandamento esperado para 2019 terá resultado da procura externa líquida", que o economista-chefe do Montepio estima "ter-se agravado -0,8 p.p. em 2018 para -1,2 p.p. em 2019, com o contributo positivo da procura interna a dever ter mantido sensivelmente inalterado face ao observado em 2018 (+3,2 p.p.)".

"A maior desaceleração do consumo privado e, em menor grau, do consumo público, deverá ter sido compensada pela aceleração do crescimento do investimento em capital fixo (FBCF)", considera o economista-chefe do Montepio.

Rui Bernardes Serra realça, no entanto, que "os dados mensais de atividade divulgados durante esta semana sobre a produção na construção e sobre o volume de negócios nos serviços, referentes ao mês de dezembro, vieram acarretar alguns riscos descendentes" para o último trimestre do ano.

Relativamente à influência europeia, Rui Bernardes Serra afirma que "terá sido um importante condicionador do crescimento da economia portuguesa, na medida em que, em cadeia, o PIB do Reino Unido estabilizou e a economia da zona euro cresceu uns meros 0,1%".

Já Nuno Mello prevê, uma melhoria do PIB em cadeia para a Alemanha e o Reino Unido, "o que deverá ser bastante positivo para Portugal", esperando, "portanto, que a procura por combustíveis e lubrificantes e maquinaria e equipamentos continue forte por parte dos parceiros europeus".

Já Nuno Caetano, da Infinox, destaca que "nos últimos meses têm sido constantes os dados económicos que dão conta de uma desaceleração da economia europeia, muito devido às negociações do 'Brexit' [saída do Reino Unido da União Europeia], assim como também à boleia da disputa comercial entre os Estados Unidos e a China".

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