Em comunicado divulgado hoje, o segundo maior banco da Suíça reporta que, no ano passado, o lucro antes de impostos (EBITDA) aumentou 40% para 4.700 milhões de francos suíços (4.400 milhões de euros), beneficiando de operações como a venda da sua plataforma de investimento InvestLab à espanhola Allfunds Bank e a reavaliação das suas ações no SIX Group.
Na assembleia-geral marcada para 30 de abril, o Conselho de Administração do Credit Suisse irá propor a distribuição de um dividendo de 0,2776 francos suíços (0,25 euros) por ação, "em linha com o objetivo de aumentar o dividendo ordinário por ação em pelo menos 5% ao ano".
No quarto trimestre de 2019, o Credit Suisse obteve um lucro líquido de 1.200 milhões de francos suíços (1.120 milhões de euros), uma subida de 104% face ao mesmo período de 2018, tendo o EBITDA aumentado 70% e somado 1.500 milhões de francos suíços (1.400 milhões de euros).
A divulgação dos resultados do banco suíço acontece no último dia de Tidjane Thiam no cargo de presidente executivo, na sequência do pedido de demissão apresentado no passado dia 07, com efeitos a partir de sexta-feira, na sequência da polémica gerada após a revelação de vários casos de alegada vigilância ilegal a responsáveis de diferentes áreas do banco.
Na apresentação dos resultados, Thiam sublinhou que, desde a sua chegada ao Credit Suisse, em 2015, "iniciou-se um profundo programa de reestruturação de três anos com o objetivo de criar um valor sustentável para os acionistas".
Segundo referiu, o ano 2019 "começou com um mercado complicado e escassa atividade por parte dos clientes no primeiro trimestre", mas com a melhoria da situação em meados do ano foi possível recuperar o ritmo e chegar ao final do ano com 13 trimestres consecutivos de crescimento do lucro.