Trabalhar na UE. Quando o lucro é substituído pelo benefício dos cidadãos
Há várias oportunidades de estágio - e de emprego - nas várias instituições da UE. Saiba qual o perfil dos candidatos e quem pode ajudar na candidatura.
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Economia EU Carrers
Muitos jovens rumam, todos os anos, a várias instituições da União Europeia (UE) para realizarem estágios remunerados, no âmbito de um programa que surgiu há 10 anos, o EU Careers. Uma das principais atrações é que a experiência de trabalhar na UE é diferente da que pode ser adquirida em qualquer empresa.
A primeira diferença é que "não se trabalha para o lucro de uma empresa, mas para o benefício de 450 milhões de cidadãos da UE", referiu Koen Hendrix, do Serviço Europeu de Seleção de Pessoal (EPSO, na sigla em inglês), em declarações ao Notícias ao Minuto.
O processo de seleção dos candidatos varia de instituição para instituição, mas há um critério que é essencial: os candidatos devem dominar o inglês. Depois, há um outro conjunto de características que o interessado deve ter:
"Para se tornar membro da nossa equipa, é necessário mostrar várias competências gerais, como espírito de equipa, comunicação, resiliência, prestar qualidade e resultados, estabelecer prioridades e organização. Para perfis mais especializados, os candidatos também necessitam de demonstrar conhecimento de alto nível nesse campo", explicou Koen Hendrix.
Quais são os perfis que se podem candidatar? Basicamente, não existe um padrão. Depende se há uma oferta especializada ou se se trata de uma candidatura espontânea, sendo que depois poderá ser-lhe atribuída uma vaga consoante a sua formação, especialização e experiência.
Seja como for, certo é que a UE precisa de "muitos advogados, economistas e linguísticos: produzimos legislação, somos uma união económica e comunicamos com cidadãos em 24 línguas", refere Hendrix. Ainda assim, também são necessários especialistas em recursos humanos, 'web designers', especialistas em tecnologias da informação, psicólogos e entre outros.
Depois, os candidatos podem ser sujeitos a vários testes, que começam por avaliar características mais gerais, tais como habilidades de raciocínio verbal, numérico e abstrato.
Uma ajuda portuguesa
A União Europeia é composta por vários organismos, instituições e agências, que vão desde a Comissão Europeia, passando pelo Parlamento Europeu até ao Comité Económico e Social. Existem, por isso, vários milhares de pessoas a trabalhar para a UE.
Para os mais novos, olhar para a realidade de trabalhar em Bruxelas, por exemplo, pode parecer distante, mas há uma ajuda em língua portuguesa que nos chega pela voz - ou escrita - da Sofia, da Leonor, da Catarina, da Adriana e da Margarida.
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Estas cinco estudantes de universidades portuguesas, a viver em Lisboa, são embaixadoras do programa em Portugal e responsáveis pela gestão das redes sociais da EU Careers Portugal, onde estabelecem um contacto mais próximo com quem anda à procura de ajuda.
Ao Notícias ao Minuto, Margarida explicou que a principal ideia errada é as pessoas "acharem que não se podem candidatar porque não são de Direito ou de Relações Internacionais". Não é assim. Os estágios dão para "todos os estudantes", explicou.
Além disso, acham também que o "processo é muito burocrático" - mas neste ponto as embaixadoras podem ajudar ao explicar o processo. O contacto pode ser feito por email - eucareers.portugal@gmail.com - ou através das redes sociais da EU Careers Portugal.
Margarida esclareceu ao Notícias ao Minuto que as embaixadoras não fizeram qualquer estágio na UE, mas antes uma formação e, agora, "gerem como querem passar a mensagem", referiu. É também por isso que costumam marcar presença em feiras de emprego, promovidas por várias instituições, e em conferências sobre o tema.
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Os estágios são remunerados e duram, normalmente, dois meses. Todas as informações sobre os estágios em cada instituição, localização, bem como a remuneração podem ser consultados aqui
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