Exportações portuguesas para Reino Unido caem 0,6% em 2019
As exportações para o Reino Unido caíram 0,6% em 2019, face ao ano anterior, e as importações aumentaram 11,6%, contrariando a tendência da globalidade das transações portuguesas no ano passado, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Economia Reino Unido
Segundo as Estatísticas do Comércio Internacional hoje divulgadas, que contêm uma análise ao comércio internacional de bens entre Portugal e o Reino Unido, atendendo à concretização do 'Brexit' ocorrida em 31 de janeiro, "as exportações para o Reino Unido decresceram 0,6% em 2019 face a 2018, contrariando o crescimento de 3,6% registado no total das exportações portuguesas nesse ano".
No ano passado, o Reino Unido foi o quarto principal destino das exportações portuguesas, correspondendo a 6,1% do total (menos 0,3 pontos percentuais face a 2018), ficando apenas atrás de Espanha (24,0%), França (13%) e Alemanha (12%).
O INE refere ainda que o número de empresas que declararam exportações para o Reino Unido no ano passado baixou ligeiramente, de 2.947 em 2018 para 2.848 em 2019, e apenas uma em cada cinco exportaram mais de 20% dos seus bens para este mercado.
Já em relação às exportações para o Reino Unido por Classificação por Grandes Categorias Económicas (CGCE) conclui-se que 26% das exportações correspondem a fornecimentos industriais, com esta categoria a registar uma descida de 2% face a 2018.
De acordo com os dados hoje conhecidos, com a exceção das exportações de Automóveis para transporte de passageiros (que subiu 21,3%), as categorias com maior peso registaram decréscimos face ao ano anterior.
Os veículos e outro material de transporte foram o principal grupo de produtos exportado, representando 21,4% do total de exportações para este país, seguindo-se as máquinas e aparelhos (17,5%).
Este último grupo de produtos, que em 2018 tinha sido o mais exportado, com um peso de 19,8%, é o que reflete um maior decréscimo (menos 12,1%).
O INE destaca ainda as categorias de metais comuns (peso de 7,6%), vestuário (7,0%), produtos alimentares (6,4%) e plásticos e borrachas (5,6%).
Por outro lado, as importações provenientes do Reino Unido aumentaram 11,6% em 2019, face a 2018, "acima do acréscimo registado na globalidade das importações portuguesas (+6,6%)", com aquele país a ocupar o 8.º lugar no 'ranking' dos países fornecedores de bens a Portugal, refere o INE.
"Os fornecimentos industriais correspondem à CGCE com maior peso nas importações portuguesas provenientes do Reino Unido, ainda que, face a 2018, se tenha registado um decréscimo de 0,7%", aponta o relatório, destacando ainda a categoria de máquinas e outros bens de capital, com um peso de 15,0% e um crescimento de 14,1% face a 2018.
Em 2019, as máquinas e aparelhos foram o principal grupo de produtos importado, correspondendo a 23,1% do total, seguindo-se os produtos químicos (18,8%), os veículos e outro material de transporte (10,3%), os combustíveis minerais (10,1%), os metais comuns (8,9%) e os produtos agrícolas (6,4%).
Face a 2018, o INE destaca o crescimento elevado da importação de combustíveis minerais (+378%), principalmente de fuelóleos, e o decréscimo dos produtos químicos (-7,1%).
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