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França promete ajudar a Argentina a tornar sustentável a dívida externa

O Presidente francês prometeu hoje ajudar o seu homólogo argentino, Alberto Fernández, a tornar a sua dívida externa sustentável, garantindo que irá trabalhar nesse sentido no Fundo Monetário Internacional (FMI), onde a França tem grande peso.

França promete ajudar a Argentina a tornar  sustentável a dívida externa
Notícias ao Minuto

15:22 - 05/02/20 por Lusa

Economia FMI

Numa declaração à imprensa antes de receber Alberto Fernández no Palácio do Eliseu, Emmanuel Macron afirmou que "a França estará ao seu lado e irá mobilizar-se junto do FMI e de outros parceiros para ajudar a Argentina a voltar ao caminho do crescimento e da dívida sustentável".

"A situação económica da Argentina preocupa-nos e mobiliza-nos, pelo que temos apoiado os esforços de estabilização da sua economia e de integração na comunidade financeira internacional e vamos continuar a fazê-lo", referiu Macron.

O Presidente argentino reagiu, admitindo sentir "uma grande alegria" ao ouvir Macron dizer que o apoiará no FMI e sublinhou que "resolver o problema da dívida é uma condição necessária para crescer".

Por isso, acrescentou, "o Fundo Monetário tem de nos saber ouvir e ajudar".

A renegociação da dívida externa, que deverá ser alvo de uma proposta do Governo argentino nas próximas semanas, tem sido a questão central da ronda pela Europa que Alberto Fernández está a fazer, começando no Vaticano e passando por Itália, Alemanha, Espanha e França, onde permanecerá até quinta-feira.

Desses países, a Alemanha é quem tem mais votos no FMI (6%), seguida da França (5%), de Itália (3%) e de Espanha.

O papel de cada um destes países será relevante no momento da aprovação de uma proposta de renegociação do pagamento do empréstimo de 57.000 milhões de dólares (cerca de 52 milhões de euros) concedido em 2018, o mais importante da sua história.

Depois do encontro, os dois chefes de Estado avançaram que no almoço de trabalho, realizado no Palácio do Eliseu, conversaram sobre a relação bilateral, marcada, entre outras coisas, pela presença na Argentina de 250 empresas francesas que representam 70.000 empregos diretos.

O Presidente argentino disse estar "grato" pela atitude dessas empresas, que permaneceram no país "mesmo nos piores momentos da economia argentina".

Na agenda dos dois líderes esteve também a discussão sobre duas crises latino-americanas, a da Venezuela e a da Bolívia, tendo Macron afirmado ser vontade de ambos que as situações sejam pacificadas e "a harmonia nacional seja recuperada".

Outras questões internacionais em cima da mesa são os desafios ambientais (salvaguarda da biodiversidade e mudanças climáticas) e os direitos das mulheres.

Fernández destacou o compromisso histórico do seu país com a igualdade entre homens e mulheres através de duas figuras - uma do passado e outra do presente - que, na sua opinião, a simbolizam: Eva Perón e Cristina Fernández de Kirchner, atual vice-presidente.

Durante a sua estada em Paris, o Presidente argentino agendou ainda reuniões com empresários de grandes grupos franceses e representantes de associações de argentinos em França, que recebe na quinta-feira de manhã.

Esta tarde, Alberto Fernández realiza uma palestra no Instituto de Ciência Política de Paris.

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