UGT confiante de que haverá "sinal claro" do Governo para novos aumentos
O secretário-geral da UGT manifestou-se hoje confiante de que o Governo dará esta semana "um sinal claro" para a valorização salarial dos trabalhadores da Função Pública, mas a ministra mantém que as propostas serão negociadas com os sindicatos.
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Economia OE2020
A UGT reuniu-se hoje com as ministras do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão.
No final do encontro, Alexandra Leitão disse aos jornalistas que foi uma reunião "proveitosa", mas escusou-se a adiantar que propostas apresentará aos sindicatos da Administração Pública na próxima semana (dia 10).
"Havendo alguma margem, será com os sindicatos que serão apresentadas as nossas propostas e [vamos] ver qual a melhor forma de ir ao encontro, pelo menos parcialmente, das expectativas dos sindicatos", disse a governante.
À saída da reunião de cerca de duas horas, em que participou também o coordenador da FESAP, José Abraão, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse ter registado "com agrado" a disponibilidade para se encontrarem soluções com os sindicatos na próxima semana.
Segundo Carlos Silva, a ministra Alexandra Leitão demonstrou, durante a reunião, a possibilidade de "haver ainda este ano um sinal claro em sede orçamental com alguma folga que o Governo encontre para ir além daquela que foi a decisão inicial do Governo de aumentar os salários dos trabalhadores da Administração Pública em 0,3%", disse.
"Não há nenhuma garantia, mas há uma convicção que retiramos da intervenção da ministra Alexandra Leitão. Aguardemos por dia 10, que haja fumo branco nesse sentido, para que a ministra de facto apresente aos sindicatos mais abertura e questões concretas", disse.
O Governo convocou as estruturas sindicais da administração pública para negociar os salários no Estado no dia 10 de fevereiro.
O documento enviado, com a data de 16 de janeiro, convoca os sindicatos para uma reunião de negociação coletiva e define dois pontos de discussão: salários e protocolo negocial - Quadro Estratégico para a Administração Pública (2020-2023).
A Frente Comum da Administração Pública, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP), convocou em dezembro uma manifestação nacional para a passada sexta-feira contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%, a que se seguiu o anúncio de greves nacionais por parte das estruturas da União Geral de Trabalhadores (UGT) - a Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) no mesmo dia.
Foi a primeira greve nacional da função pública desde que o atual Governo liderado por António Costa tomou posse, em 26 de outubro.
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