Coronavírus. Empresas brasileiras na China esperam atrasos e menos vendas

Empresas brasileiras que operam na China, como a gigante do ramo de mineração Vale, admitem que o novo coronavírus que apareceu naquele país asiático deverá causar atrasos nas suas operações e reduções de vendas, avançou hoje a imprensa local.

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Lusa
29/01/2020 15:40 ‧ 29/01/2020 por Lusa

Economia

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No caso da Vale, maior exportadora de minério de ferro do mundo que tem grande presença no mercado chinês, funcionários não estão realizando viagens de negócios pelo e têm trabalhado em suas casas, de acordo com o jornal brasileiro Folha de S.Paulo.

A companhia informou, porém, que as suas atividades nos portos decorrem normalmente.

Outras duas companhias com fábricas na China consultadas pelo Folha, a WEG, fabricante de materiais elétricos, e a Marcopolo, que produz partes de autocarros, informaram já estavam com atividades paralisadas para o feriado do Ano Novo chinês e têm previsão de retorno das atividades entre 7 e 10 de fevereiro, se a situação não se agravar.

Os dirigentes destas empresas consideram que é cedo para prever o efeito do coronavírus em números, mas estão em alerta porque a redução da circulação de pessoas deve acarretar menos consumo na região.

Além de prejudicar a operação de negócios no território da China, o novo coronavírus teve impacto com o preço das ações das duas maiores empresas brasileiras, a Vale e a petrolífera estatal Petrobras.

Isto ocorreu porque a China é o maior parceiro comercial do Brasil, que exporta para o país asiático principalmente minério de ferro, petróleo e soja.

Na Bolsa de Valores brasileira de segunda-feira, dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou de moderado para elevado o risco internacional do coronavírus, as ações da Vale despenharam e a empresa perdeu 17,4 mil milhões de reais (cerca de 3,7 milhões de euros) em valor de mercado.

O mesmo ocorreu com as ações da Petrobras, cujo valor de mercado caiu 16,9 mil milhões de reais (cerca de 3,6 milhões de euros).

A China elevou para 132 mortos e mais de 5.900 infetados o balanço do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

As quase 6.000 infeções confirmadas mostram que o número de pessoas afetadas durante a epidemia da SARS já foi ultrapassado, uma vez que o número oficial foi de 5.327 casos entre novembro de 2002 e agosto de 2003.

Na Alemanha as autoridades de saúde confirmaram mais três casos de contágio pelo novo coronavírus (2019-nCoV) detetado na China, aumentando para quatro o número de contagiados naquele país. A Alemanha é o segundo país na Europa afetado pelo surto, depois de França.

Além do território continental da China, de França e Alemanha, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália e Canadá.

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