Primeiros novos metros para o Porto começam a chegar em 2021
A Metro do Porto espera receber em 2021 "os primeiros" dos 18 novos veículos comprados por 49,6 milhões de euros à empresa chinesa CRC Tangsthan, foi hoje divulgado na assinatura do contrato.
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Economia Metro do Porto
As 18 novas composições vão permitir disponibilizar mais 60 mil lugares diários, tendo cada uma capacidade para 252 lugares, 64 dos quais sentados, e serão entregues entre 2021 e 2023, ao ritmo de uma por mês.
O presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, destacou o crescimento de 14% na procura registado em 2019, ano em que este meio de transporte ultrapassou os 71 milhões de validações.
"O Metro do Porto terminou 2019 alcançando 71 milhões de validações, mais 14% do que em 2018 e mais 11,5% do que estava previsto nos cenários base. O ano de 2019 foi também aquele em que as receitas operacionais cresceram 8,2%, o resultado operacional melhorou 42,5% e a taxa cobertura global ultrapassou, pela primeira vez na história da empresa, os 100%, atingindo dessa forma o equilíbrio total da operação", descreveu Tiago Braga.
O responsável agradeceu o "tributo" do Governo, dos autarcas e da Área Metropolitana do Porto, atribuindo ao PART -- Programa de Redução Tarifária o aumento de clientes no Metro do Porto.
O presidente da empresa considerou ainda ser um "dia verdadeiramente marcante" que, "passados quase 15 anos", a empresa volte "a investir na sua frota".
Em dezembro, a Metro do Porto revelou que a empresa chinesa tinha vencido o concurso para entregar 18 novas composições, por 49,6 milhões euros, financiados pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, menos 6,5 milhões do que o valor base do procedimento.
Tiago Braga revelou à Lusa em outubro que, para responder ao aumento verificado de seis milhões de passageiros, esperava "antecipar até ao fim de 2021" a contratação das composições, inicialmente previstas para as novas linhas do metro, que devem estar prontas em 2022/23.
Tiago Braga explicou que o aumento da procura, sendo "forte desde o início de 2019", se tornou "mais expressivo ainda desde abril, quando arrancou o PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária]", o designado passe único, que fez descer o valor dos bilhetes mensais dos transportes públicos.
O concurso foi lançado com a perspetiva de servir as novas linhas Rosa, no Porto, entre S. Bento e a Casa da Música, e o prolongamento da linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d'Este, em Vila Nova de Gaia.
As obras de construção das novas linhas, que ainda não começaram, vão decorrer até 2023.
Estas novas linhas vão acrescentar seis quilómetros e sete estações à rede, representando um investimento global na ordem dos 300 milhões de euros.
Atualmente, a frota da Metro do Porto é constituída por 102 veículos: 72 do tipo Eurotram e 30 do tipo Tram-train. Com o investimento em 18 veículos CRRC, a frota do Metro do Porto passará a contar com 120 unidades.
Fundada em 1881, a CRRC Tangshan Co é uma empresa chinesa com larga tradição na produção de comboios, comboios de alta velocidade e veículos de metro. É o maior fabricante mundial de material circulante ferroviário, com sede em Pequim e empregando mais de 180 mil trabalhadores
O Metro do Porto opera em sete concelhos com uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações.
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