Moody's baixa 'rating' de longo prazo de Hong Kong
A agência de notação financeira Moody's baixou o 'rating' de longo prazo de Hong Kong, criticando o Governo pela ausência de planos para responder às "preocupações políticas, económicas e sociais" da população.
© Reuters
Economia Moody's
"A falta de planos tangíveis para responder às preocupações políticas, económicas e sociais do povo de Hong Kong, apresentadas nos últimos nove meses [pelos manifestantes], pode refletir uma capacidade institucional mais fraca do que aquela que tinha sido previamente avaliada", apontou, em comunicado, a agência.
A Moody's classificou como "particularmente lenta, tímida e inconclusiva" a resposta que o Governo tem dado aos manifestantes pró-democracia, que têm exigido, entre outros aspetos, mais liberdade política, e criticado o elevado custo de vida na antiga colónia britânica.
"A autonomia das instituições de Hong Kong poderá também estar sujeita a maiores restrições do que aquilo que se pensava", acrescentou a agência, referindo-se a pressões exercidas por Pequim.
A decisão da Moody's surge quatro meses depois de a Fitch ter baixado o 'rating' soberano da cidade chinesa.
Os protestos chegaram às ruas de Hong Kong de forma massiva em junho por causa de um controverso projeto de lei de extradição, entretanto retirado pelo Governo, mas transformaram-se num movimento de luta em defesa da democracia e contra o autoritarismo de Pequim.
No domingo, vários polícias foram agredidos por manifestantes pró-democracia durante um protesto no qual foi disparado gás lacrimogéneo pelas autoridades.
De acordo com a Agência France Presse (AFP), um grupo de polícias à civil, que estava a falar com os organizadores da manifestação, foi agredido por manifestantes munidos de guarda-chuvas. Pelo menos dois sofreram ferimentos no rosto.
Os protestos e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China têm afetado setores como o turismo e a distribuição, empurrando Hong Kong para uma recessão.
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