O Governo não está a preparar uma injeção final de 1,4 mil milhões de euros no Novo Banco, nem essa verba está inscrita no Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), de acordo com um esclarecimento divulgado, esta sexta-feira, pelo Ministério das Finanças. 

"O Governo não está a estudar qualquer injeção de capital no Novo Banco para acelerar o processo de saneamento completo da instituição financeira", pode ler-se num comunicado do gabinete no ministro Mário Centeno, enviado às redações.

Este esclarecimento, sublinhe-se, surge como resposta a uma notícia do jornal Público, na edição desta sexta-feira, a dar conta que a instituição bancária poderia receber uma "verba superior", de modo a "concluir limpeza do banco abaixo do valor máximo de 3,89 mil milhões acordado e muito antes do prazo final".

Na mesma nota, o Ministério das Finanças nega que esteja prevista essa verba no OE2020: "Não está prevista no OE2020 uma verba no valor de 1,4 mil milhões para o Novo Banco", pode ler-se. Além disso, o "Governo não tem nenhuma proposta para análise relativa" à estratégia de limpeza dos créditos problemáticos da instituição financeira. 

Também o Expresso já tinha noticiado, em novembro, que a injeção de dinheiro público no Novo Banco poderia ser feita de uma só vez, citando fontes próximas do processo. Na altura, o semanário assumia que este valor poderia aproximar-se dos dois mil milhões de euros.

Porém, no final de dezembro, o ministro das Finanças esclareceu que não recebeu qualquer proposta concreta sobre uma possível injeção única de capital no Fundo de Resolução no Novo Banco, de acordo com uma notícia publicada pelo Jornal de Negócios também na altura.

De recordar também que na proposta do OE2020, o Governo prevê a recapitalização de 600 milhões de euros no Novo Banco, mas mantém o valor de 850 milhões de euros de empréstimos ao Fundo de Resolução - para depois dar entrada no Novo Banco. 

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