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Província chinesa de Guangdong prevê que economia cresça 6% em 2020

O governador de Guangdong previu hoje que a economia daquela província chinesa, que faz fronteira com Macau, cresça 6%, este ano, depois de ter crescido 6,3%, em 2019, ultrapassando o equivalente a 1,3 bilião de euros.

Província chinesa de Guangdong prevê que economia cresça 6% em 2020
Notícias ao Minuto

08:44 - 16/01/20 por Lusa

Economia China

Citado pela imprensa local, Ma Xingrui previu ainda diminuir o investimento público, à medida que Pequim pressiona as províncias a reduzir os níveis de endividamento, visto como um risco à estabilidade financeira nacional.

O orçamento de Guangdong para este ano prevê um aumento dos gastos públicos de 4%, abaixo do aumento de 10%, ocorrido em 2019, enquanto o investimento em ativos fixos será de cerca de 10%, depois de ter superados os 11%, em 2019.

As autoridades preveem que o setor retalhista cresça 7,5%, em 2020, depois de ter crescido 7,9%, no ano passado, e apesar da renda disponível 'per capita' dos residentes de Guangdong ter atingido os 38.900 yuans (mais de 5.000 euros), em 2019, num aumento de 8,6%, em relação ao ano anterior.

A mais rica província da China é ainda particularmente sensível à guerra comercial entre Pequim e Washington. Localizada na fronteira com Hong Kong e Macau, Guangdong compõe quase 25% do total do comércio externo chinês e foi a primeira província chinesa a beneficiar da política de Reforma e Abertura, adotada pela China, no final dos anos 1970.

Com uma economia assente na iniciativa privada e geradora do maior número de bilionários do país, Guangdong exportou, só em 2018, o equivalente a mais de 555 mil milhões de euros em bens, e conta com dois dos 10 portos mais movimentados do mundo.

Ma apontou a resiliência da província, em 2019, ao manter um crescimento do comércio externo, embora apenas de 0,3%, com um aumento das exportações de 1,6%. As autoridades esperam manter este ano o crescimento no comércio externo, mas não avançaram com previsões.

O investimento direto estrangeiro aumentou 3,5% e fixou-se no equivalente 20 mil milhões de euros.

A inflação em Guangdong fixou-se, no ano passado, em 3,4%, apesar do forte aumento no preço dos alimentos, no segundo semestre do ano, devido ao surto de peste suína que se alastrou por todo o continente chinês.

O alastrar das disputas comerciais a uma competição pelo domínio tecnológico entre Pequim e Washington, nos últimos meses, constitui também um obstáculo para Shenzhen, o 'hub' tecnológico que é também um dos principais motores de crescimento da província.

Na sessão anual do congresso de Shenzhen, na semana passada, as autoridades alertaram que a cidade precisa de redobrar os seus esforços para garantir as cadeias de fornecimento, numa referência velada às restrições impostas pelo Governo de Donald Trump no fornecimento de alta tecnologia a várias gigantes tecnológicas da cidade, incluindo o grupo de telecomunicações Huawei.

Uma das piores crises políticas de sempre em Hong Kong constitui ainda um obstáculo para Guangdong implementar a visão do Presidente chinês, Xi Jinping, de construir um centro económico e comercial integrado no sul da China, que possa competir com a Grande Baía de Tóquio ou a Área da Baía de São Francisco.

A região semiautónoma chinesa é uma das maiores praças financeiras do mundo e crucial para a construção da Área da Grande Baía, metrópole mundial que incluirá ainda Macau e nove cidades de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade entre as vias rodoviárias, ferroviárias e marítimas.

"Sem Hong Kong, a Área da Grande Baía é apenas mais um plano para o Delta do Rio das Pérolas", descreve um especialista em assuntos de Hong Kong em Cantão, a capital de Guangdong.

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