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70% dos investidores nacionais querem aumentar investimento

Um inquérito realizado pela AEP -- Associação Empresarial de Portugal a 42 investidores portugueses revelou que 70% dos entrevistados "considera aumentar o investimento já durante este ano", segundo um comunicado divulgado hoje.

70% dos investidores nacionais querem aumentar investimento
Notícias ao Minuto

14:37 - 15/01/20 por Lusa

Economia Investimento

Este trabalho, concretizado através do projeto AEP Link "realizou um diagnóstico ao perfil dos principais investidores portugueses", de acordo com a mesma nota, através de um questionário efetuado a 42 investidores.

As perguntas tentaram perceber quais os "objetivos, os setores prioritários de atuação, os fatores de atratividade para os seus investimentos e as suas disponibilidades, bem como os seus principais constrangimentos e respetivas oportunidades de melhoria neste mercado", revelou a associação.

No mesmo comunicado, Paula Silvestre, diretora da AEP Competitividade referiu que o objetivo desta análise é "mapear os principais problemas e identificar possíveis soluções que levem ao aumento dos níveis de investimento de capital de risco em Portugal".

Os investidores inquiridos detêm "1.600 milhões de euros de fundos sob gestão, dos quais 400 milhões ainda estão disponíveis para investimento em empresas portuguesas" salientou a AEP.

Os investidores apontaram como principais obstáculos à atividade os constrangimentos "à obtenção de capital junto de outros fundos para investir", assim como "as limitações impostas pelos fundos comunitários, a ausência de um fundo de fundos, o número reduzido de casos de sucesso, as dificuldades em coinvestir com as entidades públicas de investimento, e a demora da resposta nos processos de candidatura e no reembolso dos fundos comunitários".

Além disso, há ainda dificuldades na realização do investimento, nomeadamente a "pouca abertura" dos empresários "para aceitar as mudanças propostas pelos investidores de Private Equity e Venture Capital", alguma resistência das Pequenas e Médias Empresas (PME)"em abrir o capital social" a estas entidades, "a predominância de empresas com gestão familiar", que dificulta a intervenção dos investidores, a "competitividade das taxas de juro da banca", "a falta de experiência dos empreendedores", que leva "à sobreavaliação do valor das startups" e "os planos de negócio apresentados pelos empreendedores são mal estruturados e pouco detalhados", segundo o comunicado.

A morosidade da justiça e a instabilidade fiscal e legal também complicam os investimentos, segundo a AEP.

Os inquiridos apontaram algumas soluções para melhorar o panorama de investimento nas empresas portuguesas e que passam pela "promoção de acordos políticos alargados, que visem uma maior estabilidade na legislação, e o aumento da celeridade processual dos organismos responsáveis pelos processos judiciais", além da "criação de um regime fiscal mais estável e favorável, evitando a dupla tributação, e no plano comunitário, defendem a otimização dos processos de atribuição de fundos comunitários, diminuindo o tempo de resposta e do reembolso dos fundos atribuídos", segundo o comunicado.

Os investidores pedem ainda mais estabilidade nas entidades públicas e a intervenção do Estado como investidor "apenas na ocorrência de falhas de mercado".

Para os inquiridos é também importante uma "melhor preparação dos empreendedores para a abordagem aos investidores, através da introdução de cursos de empreendedorismo nos diversos ciclos de ensino, e até o fomento de informação disponível sobre o modo de atuação dos operadores de capital de risco".

Sugerem ainda a "criação de um fundo de fundos e a intervenção do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social como investidor indireto de capital de risco".

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