Wall Street fecha com recordes dos seus principais índices
A bolsa nova-iorquina retomou hoje a sua corrida aos recordes, com os investidores a prepararem-se para a assinatura do acordo comercial preliminar entre norte-americanos e chineses e a entrada na época dos resultados empresariais.
© Reuters
Economia Mercado
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average apreciou-se 0,29%, para uns inéditos 28.907,05 pontos.
Da mesma forma, foram estabelecidos novos máximos históricos pelo tecnológico Nasdaq, que progrediu 1,04%, para as 9.273,93 unidades, e o alargado S&P500, que valorizou 0,70%, para as 3.288,13
Em particular, o Nasdaq aproveitou a subida em mais de 10% do construtor de veículos elétricos Tesla.
"Os investidores entraram nesta semana com algum entusiasmo com a ideia de ver, por fim, assinado o acordo de 'fase 1' entre os EUA e a China", observou Art Hogan, da National Holdings.
Se o calendário for respeitado, os representantes das duas primeiras potências económicas mundiais devem ratificar, na quarta-feira, em Washington, a primeira etapa de um acordo comercial.
O texto do compromisso a que chegaram chineses e norte-americanos vai ser então revelado na íntegra. As discussões sobre a 'fase 2' começarão então.
As informações divulgadas pela comunicação social sobre a retirada pelos EUA da China da lista dos países que acusam de manipularem a moeda foi bem recebida pelos investidores, que a viram como um gesto de boa vontade por parte da Casa Branca.
Por outro lado, os investidores estão a preparar-se para a época de divulgação de resultados trimestrais, com os dos bancos JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo esperados já para terça-feira.
De forma geral, "os volumes das trocas permaneceram moderados", sublinhou Art Hogan, para quem os investidores estão a hesitar a comprometerem-se totalmente na medida em que os índices já estão em níveis recorde.
Valor símbolo do dia, as ações da Tesla superaram hoje pela primeira vez o valor dos 500 dólares, ao subirem 9,77%, para os 524,96 dólares, depois, designadamente, de uma revisão por um analista da Oppenheimer da sua recomendação de preço para a ação.
O valor bolsista do grupo de Elon Musk alcançou os 95 mil milhões de dólares (85 mil milhões de euros), o que excede o valor da soma dos históricos construtores automóveis norte-americanos, General Motors (50 mil milhões) e Ford (37 mil milhões).
A Boeing valorizou 0,09%, no dia em que o seu novo diretor-geral, David Calhoun, tomou posse. Este prometeu uma era de humildade e transparência no construtor aeronáutico, que atravessa a mais grave crise dos seus 103 anos de história por causa dos problemas do 737 MAX.
Já os fornecedores de material aeronáutico e de defesa Woodward e Hexcel beneficiaram do anúncio da sua fusão num grupo que vai ter cinco mil milhões de dólares em volume de negócios e empregar 16 mil pessoas, ao valorizarem respetivamente 4,82% e 9,59%.
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