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5G: Portugal vai ter "um recorde" de quantidade de espectro no leilão

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) afirmou hoje que Portugal vai ter "um recorde" de quantidade de espectro no leilão de quinta geração móvel (5G), cuja atribuição de licenças decorre em meados deste ano.

5G: Portugal vai ter "um recorde" de quantidade de espectro no leilão
Notícias ao Minuto

22:23 - 09/01/20 por Lusa

Economia Anacom

"Vamos ter em Portugal um recorde [...] da quantidade de espectro que vai ser leiloado" em relação a outros países, afirmou João Cadete Matos, que falava num encontro com jornalistas que decorreu hoje em Lisboa.

Em "muitos países a quantidade de espectro que tem ido a leilão é muito inferior", acrescentou.

Ainda durante este mês, a Anacom conta ter o projeto de regulamento do leilão, sendo que abril será a decisão e início do procedimento do leilão, segundo o presidente.

De acordo com o calendário, o leilão deverá estar cumprido em junho e "entre julho e agosto" estará implementado, referiu.

João Cadete de Matos admitiu a possibilidade de serem estudadas condições no leilão do 5G que incentivem a partilha de infraestruturas.

"O 5G exige grandes investimentos" e "é um ponto que em Portugal tem sido sempre recebido com alguma controvérsia, mas a partilha de infraestruturas e de elementos estruturais dessas redes", no caso de um setor em que "a rendibilidade das comunicações também terá de evoluir e terá que se ajustar à procura [...], torna essencial ver as virtudes ou de opções partilhadas ou de opções de utilizações grossistas", salientou o presidente da entidade reguladora.

Para incentivar a partilha de infraestruturas, "podem, de facto, ser criadas condições - e são várias as condições que demonstrem e criem um incentivo a que essa partilha e esse coinvestimento, entendimento como uma partilha dos custos do investimento, seja vantajoso para todos", prosseguiu.

"Um leilão pode ter sempre condições de preço e condições associadas", disse, acrescentando que estão a ser equacionadas "todas as soluções", sem adiantar detalhes.

Relativamente à decisão da reconfiguração do espectro da Dense Air para o 5G, João Cadete de Matos salientou que em 2025, altura em que acaba a licença da empresa, esta, se pretender continuar a ter a frequência, "vai ter que participar no leilão e ter de adquirir".

Os operadores pediam que fosse retirada a licença, apontando que a Dense Air não cumpriu as obrigações previstas no direito de utilização de frequência.

"O assunto está a ser tratado em tribunal", na sequência de uma ação colocada pelos operadores NOS e Vodafone.

No que respeita à revogação da licença, a Anacom considera que "não se verificaram" circunstâncias para tal.

"Do ponto de vista jurídico, do ponto de vista da gestão eficiente do espectro, da análise da regulação económica, a conclusão que retirámos é que nos parece ser uma decisão que defende o interesse dos investidores privados, que necessariamente têm a expectativa legítima de ver os seus investimentos retornados, e que serve também o interesse de todos", afirmou.

Questionado sobre se as taxas de regulação poderão aumentar com o 5G, João Cadete de Matos afirmou que "provavelmente não".

O responsável salientou que as taxas de regulação "devem ser o mais baixas possível" e que a Anacom "tem vindo a reduzir ao longo do anos", o que permite que "os custos de regulação reduzam".

"A nossa preocupação tem sido e vai continuar sermos mais eficientes", disse.

Entre 2014 e 2019, o fornecimento de serviços externos diminuiu 16%.

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