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Sindicato acusa Randstad de "escandalosa perseguição" a representantes

O Sindicato de Trabalhadores de Call Center (STCC) acusou hoje a empresa Randstad de "escandalosa perseguição" aos representantes sindicais que prestam serviço na Concentrix, em Braga, com o despedimento de um dirigente e suspensões "absolutamente ilegais" de outros.

Sindicato acusa Randstad de "escandalosa perseguição" a representantes
Notícias ao Minuto

18:44 - 23/12/19 por Lusa

Economia Randstad

Em declarações à Lusa, a dirigente daquele sindicato Ângela Lima disse que o despedimento vai ser impugnado judicialmente, por "não haver qualquer fundamento legal" para o mesmo.

"A empresa alegou que o despedimento se ficou a dever à violação do acordo de confidencialidade sobre um cliente, mas isso é uma falácia, porque não houve violação nenhuma", sublinhou.

Para Ângela Lima, a "verdadeira razão" do despedimento prende-se com o facto de o dirigente sindical ter denunciado publicamente uma situação de assédio moral na empresa sobre uma trabalhadora.

A Randstad despediu o dirigente e anunciou, agora, a suspensão dos restantes três membros da estrutura sindical.

Uma suspensão para a qual a empresa ainda não deu qualquer explicação, segundo a dirigente sindical.

"Adivinhamos que a 'explicação' acabe por ser a mesma. Se assim for, a nossa atitude também será igual: a impugnação judicial", adiantou Ângela Lima.

Segundo a sindicalista, estes trabalhadores e representantes sindicais trabalham "há anos" numa empresa atualmente gerida pela multinacional norte-americana Concentrix, em Braga, através da Randstad, prestando serviço para a Apple.

O sindicato tem denunciado diversos problemas daquele local de trabalho, desde casos de assédio moral a despedimentos ilícitos, passando por uma tentativa de despedimento coletivo de centenas de trabalhadores.

"O STCC acha inaceitável que empresas multinacionais que acumulam lucros milionários apenas usem o nosso país para a prática de 'dumping' social, beneficiando das leis que facilitam a precariedade e dos baixos salários. Mais inaceitável é que estas não respeitem sequer a lei e procurem obliterar o direito de organização e representação dos trabalhadores", refere um comunicado daquele sindicato.

A Lusa tentou ouvir a Randstad, mas ainda não foi possível.

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