Venda de barragens ajuda a reduzir volatilidade dos resultados
O administrador financeiro da EDP Miguel Stilwell de Andrade afirmou hoje que a venda de seis barragens vai permitir reduzir a "volatilidade dos resultados" da elétrica, uma vez que estes estão, até aqui, condicionados pela pluviosidade.
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Economia EDP
Vai "ajudar a reduzir volatilidade dos resultados da EDP. Estamos muito dependentes [da chuva]. Estamos a vender 25% do nosso portfolio hídrico, o que reduz a nossa exposição à hídrica", explicou o responsável financeiro da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, que falava em conferência de imprensa, em Lisboa.
De acordo com este responsável o portfólio em causa inclui barragens "muito novas", com entrada em operação entre 2015 e 2017, com capacidade de bombagem e uma concessão "quase até ao final do século", mas também outras três barragens "mais antigas, dos anos 50 e 60", mas que continuam a apresentar um bom desempenho.
"Achámos que este era um portfólio interessante para os potenciais compradores", sublinhou Stilwell de Andrade, acrescentando que esta é uma operação "bastante complexa", que só deverá estar concluída na segunda metade de 2020.
O administrador financeiro da EDP notou ainda que está prevista a "criação de uma entidade autónoma", ou seja, de uma empresa com as barragens, os trabalhadores, as licenças e os contratos associados.
"É esse conjunto, é essa empresa que deverá ser vendida", precisou.
A EDP anunciou hoje que vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros, um negócio que deverá estar concretizado no segundo semestre de 2020.
"A EDP -- Energias de Portugal, S.A. acordou a venda de um portefólio de seis centrais hídricas em Portugal ao consórcio de investidores formado pela Engie (participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova - Grupo Natixis (25%), numa transação de 2,2 mil milhões de euros", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.
Tratam-se de três centrais de fio de água, em Miranda, Bemposta e Picote, com 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada e três centrais de albufeira com bombagem, em Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, com 0,5 GW de capacidade.
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