"Contas estão certas à custa de dívidas e de uma carga fiscal enorme"
Manuela Ferreira Leite comentou a proposta de Orçamento do Estado no seu espaço habitual na TVI24.
© Getty Images
Economia Manuela Ferreira Leite
Manuela Ferreira Leite comentou, esta quarta-feira, a proposta de Orçamento do Estado para 2020 ontem apresentada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.
A ex-ministra considerou que "o orçamento de continuidade é um slogan" porque "ser um orçamento de continuidade num país com as nossas carências e com os nossos problemas é um orçamento pouco ambicioso".
Ferreira Leite acrescentou que a palavra "continuidade" tem um "objetivo de natureza política que é um piscar de olho à esquerda".
O aspeto que salta mais à vista no Orçamento, no entender da ex-líder do PSD, "é a questão do défice", muitas vezes "traduzido pelas contas certas."
E este é um ponto com o qual não simpatiza: "Estas contas estão certas à custa de dívidas e de uma carga fiscal enorme sobre as pessoas e, portanto, nessa circunstância, estarem as contas certas... eu preferia que não estivessem certas".
O comentário prossegue, referindo que nesta continuidade está numa "ambição de não fazer pior", utilizando "exatamente os mesmos instrumentos para conseguir alcançar o objetivo do défice", ou seja, "uma maior carga fiscal e menos despesa".
"É um orçamento sem ambição e o país precisava de um impulso" que se devia traduzir em três pontos que a comentadora considera "essenciais": a parte fiscal, a degradação dos serviços públicos e a ausência de investimento público.
"Estes pontos deviam estar muito expressos no orçamento e a nenhum destes três foi dada prioridade", considerou ainda.
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