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Vestuário e calçado "aumentou" transparência sobre fornecedores

Marcas e retalhistas de vestuário e calçado "aumentaram drasticamente" a divulgação de informação sobre as suas cadeias de fornecimento nos últimos três anos, anunciou hoje a Human Rights Watch juntamente com outras organizações de direitos humanos e do trabalho.

Vestuário e calçado "aumentou" transparência sobre fornecedores
Notícias ao Minuto

08:01 - 18/12/19 por Lusa

Economia Vestuário e calçado

Num relatório conjunto hoje divulgado, a Human Rights Watch (HRW) indicou que em 2016, uma coligação de sindicatos, grupos de direitos humanos e defensores dos direitos do trabalho criaram o Transparency Pledge (Compromisso de Transparência, em tradução livre), um padrão mínimo de transparência da cadeia de fornecimento que permite que advogados, trabalhadores e consumidores saibam onde os produtos de uma marca são fabricados.

"Próxima tendência da moda: acelerar a transparência da cadeia de fornecimento na indústria de vestuário e calçado" é a designação do relatório, de 27 páginas, que descreve como dezenas de marcas e retalhistas estão a divulgar publicamente informações sobre as suas fábricas fornecedoras.

Segundo o documento, este "tornou-se um passo amplamente aceite para identificar e abordar melhor os abusos [dos direitos] do trabalho nas cadeias de fornecimento de vestuário".

"A transparência não é uma panaceia para violações dos direitos do trabalho, mas é fundamental para uma empresa que se descreve como ética e sustentável", salientou Aruna Kashyap, consultora de direitos das mulheres da HRW.

"Todas as marcas devem adotar a transparência da cadeia de fornecimento, mas, em última análise, são necessárias leis que exijam transparência e imponham práticas críticas de direitos humanos", acrescentou Kashyap.

Até ao momento, 39 empresas alinharam-se ou comprometeram-se a alinhar com o padrão Transparency Pledge - 22 estão entre as 72 empresas com as quais a coligação começou a colaborar em 2016, de acordo com o relatório.

Das 74 empresas que a coligação contactou, 31 ficaram aquém do padrão de Compromisso e 21 não divulgaram publicamente informações relevantes.

"A transparência do fornecedor é uma ferramenta poderosa que promove a responsabilidade corporativa pelos direitos dos trabalhadores do vestuário nas cadeias de fornecimento globais", sublinha o documento.

"É a prova de que uma empresa sabe onde os seus produtos são fabricados e também permite que trabalhadores e advogados do trabalho e de direitos humanos alertem a empresa sobre abusos de direitos em fábricas fornecedoras", acrescentou a HRW no relatório conjunto.

Desde meados de 2018, a coligação também se envolveu com sete Iniciativas Empresariais Responsáveis (RBI) - grupos de empresas e outras que procuram promover práticas comerciais éticas dos seus membros corporativos para promover a transparência da cadeia de fornecimentos através das suas políticas e ações.

A coligação instou os RBI a desempenharem um papel de liderança exigindo que as empresas, como condição de associação, divulgassem publicamente informações sobre as suas cadeias de fornecimento até janeiro de 2020, no mínimo, em alinhamento com o padrão de Compromisso de Transparência (Transparency Pledge).

"Iniciativas de negócios responsáveis devem parar de dar desculpas para as empresas que desejam continuar a manter as suas cadeias de fornecimento opacas", alertou Christie Miedema, coordenadora de campanhas da organização não-governamental de defesa dos direitos dos trabalhadores têxteis Clean Clothes Campaign (Campanha Roupas Limpas).

"Em vez disso, devem seguir a liderança dos principais líderes entre os seus membros e tornar a transparência um requisito de associação para dar aos trabalhadores e ativistas acesso às informações necessárias para ajudar a combater os abusos no local de trabalho", acrescentou Miedema.

Informações sobre as fábricas de fornecedores das marcas podem ajudar os trabalhadores a obter acesso mais rápido à retificação dos abusos dos direitos humanos, explicou a HRW no relatório.

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