Segundo o presidente do conselho de administração do INACOM, Leonel Augusto, o setor emprega mais de 7.000 colaboradores diretos e apresenta "distintas oportunidades para o investimento" para o alargamento de "serviços com qualidade" em toda extensão do país.

"Na verdade, se olharmos para esses números, temos de facto aqui uma curva de crescimento com algum efeito a partir de 2016 e este impacto tem muito a ver com a questão de investimento em infra-estrutura", afirmou Leonel Augusto.

Para o responsável que falava hoje, em Luanda, durante um encontro denominado "Café da Manhã com o Regulador", a instituição dispõe de dois títulos habilitantes para o setor, nomeadamente o Título Global Unificado (TGU) e Licença de Multi-serviços com "inúmeras valências" para o investimento, sobretudo no interior do país.

Sob a forma de concessão, explicou, um TGU "é quase um cheque em branco, no sentido de que um operador com esse título pode fazer, literalmente, tudo no domínio das comunicações eletrónicas, desde o serviço móvel, fixo à televisão por assinatura".

O presidente da administração do INACOM, órgão regulador das comunicações eletrónicas em Angola, considerou, no entanto, que a atual taxa de penetração dos serviços de telecomunicações "ainda não é suficiente", defendendo a "redução dos custos dos serviços".

"Temo que baixar o custo dos serviços ou tornar os serviços cada vez mais acessíveis à população. E depois quando olhamos para nos números temos de perceber que a população tem vindo a crescer e o número de subscritores precisa de ser acelerado", notou.

Por outro lado, Leonel Augusto entende que com o aumento do número de subscritores dos serviços eletrónicos no país, o setor "precisa ao mesmo tempo de acelerar a cobertura em zonas remotas".

Angola conta atualmente com mais de 28 milhões de habitantes.

Licenciamento de Operadores de Serviços de Comunicações Eletrónicas foi o tema apresentado pelo presidente do INACOM, órgão tutelado pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (MTTI) angolano.

Empresários angolanos e distintos operadores do setor participaram do encontro que visou recolher contribuições dos atores do mercado das comunicações e dos serviços postais.

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