"Estima-se que os resultados recorrentes da atividade mutualista, isto é, sem considerar impactos de eventos exógenos [...], sejam positivos no final de 2019, em torno de dois milhões de euros, ligeiramente acima dos resultados do ano anterior, que se situaram em 1,6 milhões de euros", pode ler-se no Programa de Ação e Orçamento para 2020, hoje publicado no 'site' da Mutualista.
A entidade presidida por Tomás Correia - até domingo - atribui a estimativa de dois milhões de euros à "melhoria das receitas associativas e, consequentemente, dos resultados inerentes a associados", aos "resultados financeiros estimados de 26,5 milhões de euros", a uma redução nos custos de atividade, "estimados em 28 milhões de euros", e a outros resultados de exploração relacionados com investimentos imobiliários.
No documento, a mutualista indica também que até setembro deste ano perdeu 27.186 associados, uma diminuição nas saídas na ordem dos 16,1% face ao período homólogo.
Todavia, "as readmissões e entradas de novos associados, atingindo 19.260, não foram, contudo, suficientes para inverter o decréscimo da base associativa, embora em termos homólogos, o fluxo líquido de associados seja, a partir de setembro, menos negativo".
A AMMG indica ainda que "os proveitos inerentes a associados, decorrentes das poupanças mutualistas captadas (que incluem joias, quotas e capitais aplicados) atingiram, até setembro último, o montante de 497 milhões de euros", sendo que a mutualista espera que até ao final do ano este valor atinja os 658 milhões de euros.
"O ativo estimado regista um aumento de 1,8%, passando de 3.777 milhões de euros, em 2018, para 3 843 milhões de euros" em 2019, indica também o comunicado da associação.
A estimativa de dois milhões de euros de lucros recorrentes para 2019 exclui impactos de eventos exógenos como "os provenientes dos testes de adequação das responsabilidades, em função do nível em que estiverem as taxas de mercado no final do ano, ou de valorizações ou desvalorizações de carteiras de imóveis ou de participações financeiras".
A mutualista Montepio Geral assinala ainda a probabilidade da subida do rácio de liquidez de 4,6% em 2018 para 5,3% em 2019, mas espera uma redução do rácio de eficiência de 0,8% no ano passado para 0,7% em 2019.
"Nos rácios de solvabilidade e de cobertura das provisões pelos fundos próprios, os níveis estimados para final deste ano são significativos, de 19,4% e 124,3%, respetivamente, embora estando ligeiramente abaixo dos de 2018, para o que contribui o crescimento da atividade", indica também o documento.
Na melhoria dos resultados líquidos para dois milhões de euros, os resultados de associados deverão ter, em 2019, uma relação "mais favorável entre a margem associativa e a variação das provisões técnicas, que deverão atingir os -14,1 milhões de euros (-21,9 milhões de euros em 2018)".