Líder do comércio para América Latina lamenta paralisação da OMC

A líder do Centro de Comércio Internacional para a América Latina e Caraíbas, Claudia Uribe, afirmou hoje que "lamenta profundamente" a paralisação o órgão de recurso da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Lusa
12/12/2019 06:47 ‧ 12/12/2019 por Lusa

Economia

OMC

"Foi um órgão que aos [Estados Unidos] irritou tanto, porque, como acontece com outros países, encontrou incumprimentos de compromisso multilaterais. Viram que o órgão não é compatível com a soberania dos EUA", criticou Claudia Uribe.

Claudia Uribe, natural da Colômbia, com 30 anos de experiência em negócios, é a responsável pela América Latina e Caraíbas no Centro de Comércio Internacional, uma agência conjunta da Organização Mundial do Comércio e das Nações Unidas criada em 1964 com o objetivo de apoiar os países em desenvolvimento na sua participação no comércio internacional.

"Eu espero que possamos resolver esta situação, mas está tudo muito agitado neste momento a nível mundial. Existem muitas questões no comércio que estão agitadas e esta é uma delas, mas é uma questão irritante", frisou.

Em causa está a composição do Órgão de Recurso, que deve ser composto por sete juízes especialistas em comércio internacional, nomeados por unanimidade.

Só existiam três juízes, número mínimo requerido pelo regulamento da OMC para validar as decisões do organismo, mas dois deles terminaram o seu mandato na terça-feira.

A sua substituição tem sido recusada pelos Estados Unidos, que consideram que o Órgão de Recurso está politizado e decide sempre contra os interesses do país, pelo que o organismo ficou bloqueado a partir das 00:01 de quarta-feira em Genebra (23:01 de terça-feira em Lisboa).

A paralisação do "tribunal" do comércio internacional levou o Governo do Japão -- que termina a sua presidência rotativa da OMC para a entregar à Arábia Saudita -- a defender que a necessidade de reformar o Órgão de Recurso se tornou "urgente".

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Toshimitsu Motegi, enfatizou a sua preocupação com a crise e manifestou a vontade do Japão de "liderar os esforços da comunidade internacional" para renovar a OMC.

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