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Analisar, priorizar e poupar: Os conselhos do Doutor Finanças

Se quer começar bem o ano, conheça algumas dicas do Doutor Finanças para aplicar à sua vida financeira.

Analisar, priorizar e poupar: Os conselhos do Doutor Finanças

Se o final do ano é uma altura de muito consumismo, o arranque do próximo promete ser bem diferente. Por norma, é nessa altura que se fazem 'contas à vida' e também o momento em que se identificam demasiados gastos. Ou, então, pode simplesmente querer poupar.

Recentemente o Doutor Finanças lançou o livro 'Doutor Finanças e a Bata Mágica', que tem como objetivo ajudar os mais novos a poupar - e, quem sabe, incentivar os pais a fazer o mesmo. 

O Notícias ao Minuto falou com Ricardo Santos, do Doutor Finanças, e houve espaço para abordar alguns pontos essenciais que podem ajudar a melhorar o orçamento doméstico. Analisar, priorizar e poupar são os conceitos mais importantes.

O que podemos esperar deste livro?

Este livro vem no seguimento de uma vontade antiga que nós tínhamos de contribuir para a literacia financeira dos mais pequenos. O Doutor Finanças começa numa lógica de ajudar os portugueses a gerirem melhor a sua saúde financeira, mas achámos que ao contribuir mais cedo para a literacia era bastante importante. Esse foi o ponto de partida e acabámos por perceber que a melhor forma de materializar esse desejo era através de um livro. Acabámos por fazê-lo internamente, criámos uma história, desenhámos com os nossos recursos e é um livro totalmente feito pela nossa equipa. 

Qual é a história do livro?

A história circula em torno de dois personagens, que são dois irmãos, e inventámos uma mascote, que é o ‘bichinho da poupança’. No fundo é o que queremos passar às pessoas, para elas saberem o que fazer na sua vida financeira. 

Em que medida é que este livro pode ser também uma ajuda para os adultos?

A ideia é exatamente essa: que os pais se possam envolver. É importante que as crianças possam também trazer os pais para dentro [da ideia]. Acaba por ser um livro de exercícios e a ideia é que seja acompanhado pelos pais para que possam ir ensinando às crianças, e eles próprios aprendendo e estando atentos a essas questões mais financeiras. 

O livro está baseado num método internacional de poupança, que em português traduzimos para ‘Gastar, Poupar e Ajudar’. Existe depois um anexo onde é possível recortar esses mealheiros, de modo a trazer a história do livro para a ação e permitir que os pais participem nisso.

O método passa por uma primeira fase em que temos de identificar as despesas, qual é o dinheiro que temos de gastar, depois deixar uma componente de poupança para o futuro, para deixar um fundo de maneio para uma eventualidade, e uma componente que tem a ver com ajudar.

Tudo começa por esta ideia, mapear as despesas e identificar as que posso eliminar Falamos aqui de literacia financeira e há cada vez mais alertas neste sentido. Considera que este é um problema da sociedade atual?

Existem evidências de que a literacia financeira não tem melhorado muito e cada vez mais isso é algo relevante, tal como a literacia digital. Porque há uma grande dimensão da nossa vida que passa por questões financeiras e nós acabamos por estar pouco preparados. 

Pode dar-me um exemplo de uma situação em que se não estivermos bem informados financeiramente as nossas decisões podem ter impacto negativo nas nossas vidas?

Imagine alguém que recebe uma proposta de emprego... Muitas vezes as pessoas não sabem conceitos como salário líquido, salário bruto ou o que são descontos para a Segurança Social. Estamos a falar de coisas do dia a dia. Perceber o que são as nossas receitas, os nossos gastos e fazer um planeamento. Tudo começa por esta ideia, mapear as despesas e identificar as que posso eliminar.

No Natal faz todo o sentido fazer uma lista, comparar preços e perceber onde se pode encontrar determinado artigo. Definir um valor máximo a gastar por prenda também pode ajudar  De acordo com a experiência do Doutor Finanças, qual é o tema que gera mais dúvidas às pessoas?

Por um lado, a base do nosso contacto é digital e no nosso site existe muita informação sobre literacia financeira, sobre salários, Segurança Social, entre outros temas. Depois entram em contacto connosco porque têm várias questões e nós disponibilizamos um conjunto de ferramentas. Do ponto de vista prático, algumas pessoas pedem-nos serviços que nós temos, como por exemplo a renegociação do crédito habitação, a constituição de um crédito habitação ou a consolidação de créditos. A consolidação de créditos consiste na realização de um novo crédito que assume todos os outros, mas normalmente conseguem-se melhores condições, uma taxa de juro apenas, e a pessoa fica a pagar só uma vez por mês. 

O que é importante que as pessoas tenham em consideração numa altura em que o ato de comprar é tão convidativo?

Voltamos ao princípio do planeamento, porque é aquele que nos ajuda a racionalizar as compras e a tomar melhores decisões. No Natal faz todo o sentido fazer uma lista, comparar preços e perceber onde se pode encontrar determinado artigo. Definir um valor máximo a gastar por prenda também pode ajudar. Comprar online muitas vezes também ajuda porque não estamos tão expostos a tentações de última hora. Se for para limitar os gastos podemos também optar por oferecer cartões oferta. 

Sobretudo, o que recomendamos nesta altura é evitar recorrer ao crédito. Depois em janeiro, já passou o Natal, já passaram os presentes, e a dívida ficou. No fundo é ter cuidado para que este consumismo não comprometa o nosso orçamento. 

Poupar pode ser investir, através de um seguro de capitalização, colocar numa conta à parte mesmo que não tenha grande rentabilidade Muitas pessoas apontam a poupança como uma das resoluções de Ano Novo. O que é mais importante na hora de realizar um orçamento?

O melhor é começar por fazer uma análise às nossas próprias finanças e depois perceber onde é que podem estar problemas e se existem ou não soluções para eles, começar por identificar as despesas, onde é que é gasto o dinheiro, e com isso poder priorizar. A segunda parte é pensar nas soluções: se eu já tenho muitos créditos, será que não posso poupar na minha prestação para libertar mais dinheiro? Se eu conseguir fazer essa poupança, por exemplo, através da renegociação dos créditos, o que devemos fazer é colocar o dinheiro de parte. E poupar pode ser investir, através de um seguro de capitalização, colocar numa conta à parte mesmo que não tenha grande rentabilidade.

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