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Sindicato contra nova exploração de aquacultura na Ria Formosa

O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul manifestou-se hoje contra a concessão de uma licença de exploração de aquacultura no Parque Natural da Ria Formosa (Algarve), considerando que a sua instalação representa "um hediondo crime" contra a ria.

Sindicato contra nova exploração de aquacultura na Ria Formosa
Notícias ao Minuto

18:18 - 05/12/19 por Lusa

Economia Algarve

Em causa está um pedido de licenciamento para uma exploração de aquicultura, destinada ao crescimento e engorda de espécies de ostra portuguesa, ostra japonesa e amêijoa boa, segundo um edital da Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos datado de 19 de novembro.

A ser concedido, o Título de Atividade Aquícola (TAA) terá um prazo máximo de 25 anos, renovável por uma vez, para uma área de 10 hectares inserida naquele parque natural, que se estende desde a Península do Ancão (Faro) até à praia de Manta Rota (Vila Real de Santo António).

Em comunicado, o sindicato considerou que a atribuição do título de exploração para uma zona identificada como um banco natural de moluscos bivalves "resultará num violento ataque àqueles que sempre viveram, trabalharam e produzem na Ria Formosa", no distrito de Faro.

"Fica este sindicato na expectativa de que o PNRF se manifeste contra, a tempo e horas, ao abrigo do processo de consulta pública em curso, até ao dia 13 de dezembro, a fim de evitar que se cometa mais um hediondo crime contra a Ria Formosa", lê-se na nota.

Também a Associação de Moradores da Ilha da Culatra, núcleo habitacional das ilhas barreira da Ria Formosa que pertence ao concelho de Faro, se manifestou contra a concessão de licenças para a instalação de atividades de aquacultura numa "zona de banco natural de moluscos bivalves" naquele parque natural.

A associação advertiu que este banco natural "existe desde sempre na Ria Formosa" e representa "a principal, se não mesmo a única forma de subsistência dos muitos mariscadores que não são titulares de qualquer concessão viveirista", defendendo um desenvolvimento sustentado para um sistema lagunar tão importante como é a Ria Formosa.

Situada no sotavento (leste) algarvio, a Ria Formosa tem uma área total de 17.000 hectares, dos quais 11.000 são zona húmida, constituindo um sistema lagunar "de primordial importância para as populações que, mais do que ninguém, estão empenhadas na preservação dos recursos naturais e do meio ambiente", conclui o sindicato.

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