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Call-center: CGTP quer que empresas incorporem subcontratados

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, juntou-se hoje a uma manifestação de trabalhadores de 'call-center' subcontratados, em frente ao Ministério do Trabalho, para reivindicar a sua integração nos quadros das empresas a que dão voz.

Call-center: CGTP quer que empresas incorporem subcontratados
Notícias ao Minuto

17:07 - 05/12/19 por Lusa

Economia Call-center

"Hoje entramos num 'call-center', seja ele qual for, e o que nós constatamos é que há trabalhadores que estão ali há 10, 15 ou 20 anos a trabalhar permanentemente naquele local de trabalho mas com vínculos precários", disse aos jornalistas o líder da intersindical na Praça de Londres, em Lisboa, onde se concentrou perto de uma centena de pessoas.

A estrutura sindical considera que os trabalhadores em tais condições "já deixaram de ser trabalhadores das empresas de trabalho temporário", mas são sim "trabalhadores das empresas utilizadoras".

"Que lhes sejam aplicados os salários das empresas utilizadoras, chamem-se elas EDP, NOS, PT [hoje Altice] ou outra qualquer", disse aos jornalistas Arménio Carlos, acrescentando que os trabalhadores "são a voz, a informação, a expressão e o rosto do funcionamento dessas grandes empresas multinacionais".

Referindo que "a precariedade, neste caso concreto, afeta particularmente os jovens" e que "um trabalhador com um vínculo precário ganha, em média, menos 30% do que um trabalhador efetivo", Arménio Carlos referiu que a CGTP quer "resolver hoje" o problema da precariedade.

"Os trabalhadores destas grandes empresas multinacionais ganham para cima de 1.200, 1.300 euros, enquanto estes [com vínculo precário] ganham 600 e poucos euros. É disto que estamos a falar", vincou o responsável.

Arménio Carlos falou de uma "situação de instabilidade, insegurança, angústia e de negação a poderem organizar e planificar a sua vida pessoal", especialmente os jovens.

O líder da CGTP referiu que a solução não poderá passar pela alteração legislativa relativa às empresas de trabalho temporário, uma vez que "nessas empresas não há contratação coletiva, e qualquer contratação coletiva que venha a ser implementada nas empresas de trabalho temporário não é para elevar os salários dos trabalhadores nem os seus direitos, pelo contrário".

Nesse sentido, classificou de "farsa" a taxa de rotatividade que o Governo confirmou hoje ao Jornal de Negócios que deverá avançar, uma vez que admite que as empresas continuem a subcontratar trabalhadores precários "desde que paguem uma pequena percentagemzinha para a Segurança Social".

"Isso é o mesmo que dizer às empresas que vale a pena continuar a contratar trabalhadores com vínculos precários, como aquilo que supostamente teriam que pagar vai ser reduzido no salário do trabalhador", advogou.

A ação de hoje foi convocada pelo SINTTAV - Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual, pelo SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações e pelo SIESI - Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas) e integra-se na greve intermitente convocada para o mês de dezembro, que consiste em paralisações sucessivas de hora e meia, durante vários turnos.

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