Greve no casino de Espinho com 90% de adesão
A greve de dois dias dos trabalhadores do Casino de Espinho, que hoje terminou, registou uma adesão próxima dos 90%, estando já a ser ponderadas novas paralisações para os dias 25 e 31, disse à Lusa fonte sindical.
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Economia Greve
"Tivemos uma adesão que até a nós surpreendeu, o que significa que os trabalhadores estão muito descontentes e decididos a lutar pelos seus direitos", disse Carlos Teixeira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Salas de Jogos.
Segundo o sindicalista, "estão já a ser ponderadas novas formas de luta, nomeadamente uma greve para os dias 25 e 31, caso a concessionária do casino, a Solverde, não aceite negociar com os trabalhadores".
Entre outras revindicações, os trabalhadores exigem a negociação de um novo contrato coletivo de trabalho e a atualização dos salários congelados desde 2006.
Segundo Carlos Teixeira, estão em causa problemas como a "recusa em negociar uma nova convenção coletiva de trabalho, já que a anterior se encontra caducada desde 2006, não atualizando salários desde esse ano".
"Há um fosso salarial enorme entre os trabalhadores deste casino, da Solverde, e de outros, como por exemplo, o da Póvoa de Varzim, da Varzim Sol, ou o do Estoril, da Estoril Sol", sublinhou.
À Lusa, o dirigente explicou que o sindicato tentou chegar a um entendimento com a Solverde, contudo, sem sucesso, não tendo deixado aos trabalhadores outra alternativa do que avançar para a greve.
"Caso esta indisponibilidade da Solverde se mantenha, os trabalhadores terão de avançar com novas formas de luta", frisou.
Os 180 trabalhadores da área de jogo reivindicam ainda o pagamento de um subsídio noturno e de turno, bem como de um prémio de assiduidade mensal.
"A concessionária tem demonstrado grande insensibilidade. Estamos a falar de um concessionário que tem uma receita mensal de cinco milhões de euros", disse.
O sindicato elenca outras reivindicações como o "desrespeito pelos conteúdos funcionais das categorias profissionais e o desajustamento dos horários da cantina ou trabalho suplementar pago inadequadamente" e fala numa "cultura de intimidação e retaliação".
O sindicato exige ainda a reposição de regalias e direitos perdidos, como é o caso do dia de aniversário, do 25 de dezembro, ou o gozo de 25 dias de férias.
A greve dos trabalhadores do Casino de Espinho iniciou-se às 14h00 do dia 29 novembro e terminou às 6h00 de hoje.
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