"No plano político, é uma das grandes vitórias da Comissão (de Jean-Claude Juncker) e da França", disse Moscovici, numa audição na Comissão de Finanças da Assembleia Nacional francesa, antes de deixar o cargo de comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros no final do mês.
"Em todas as etapas, num ambiente por vezes hostil, a Grécia pode contar com o apoio da França e da Comissão", afirmou, numa alusão à oposição da Alemanha e de outros países do Norte da Europa à manutenção do país na zona euro, após a crise financeira que começou em 2010.
O comissário disse estar "orgulhoso do percurso da Grécia depois dos momentos mais difíceis da crise económica" e declarou-se "confiante" no seu futuro.
"Se um outro comissário e uma outra Comissão estivessem em atividade, a Grécia teria saído da zona euro. Teria sido expulsa", afirmou em resposta a deputados da France Insoumise (LFI) que acusavam Bruxelas de "ter posto os gregos de joelhos".
A Grécia deixou de estar sob assistência financeira internacional em agosto de 2018, tendo recomeçado depois a financiar-se nos mercados.
Para o próximo ano, Atenas prevê um crescimento económico de 2,8%, respeitando as condições orçamentais fixadas pelos credores.