"De acordo com os dados obtidos, trata-se de uma suspensão temporária do troço da ferrovia Marco-Régua, por incapacidade do consórcio que tinha a incumbência de desenvolver o projeto, que apresentava algum nível de complexidade", lê-se num comunicado da autarquia enviado à agência Lusa.

"Aguardamos, com serenidade, que rapidamente se solucionem as questões burocráticas que, eventualmente, possam estar a existir", refere Paulo Pereira, acrescentando ter já convidado o secretário de Estado das Infraestruturas a visitar Baião para abordar "esta e outras questões prementes para o território".

Segundo aquele município do interior do distrito do Porto, "as Infraestruturas de Portugal estarão a trabalhar para proceder à contratação de uma nova equipa de projetistas".

Na terça-feira, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, admitiu a existência de atrasos e constrangimentos em projetos de modernização dos caminhos-de-ferro, mas afastou a hipótese de qualquer cancelamento na execução do plano ferroviário 2020.

O governante reagia à notícia do Jornal de Notícias, daquele dia, que referia o adiamento de 18 obras programadas no âmbito do programa Ferrovia 2020.

Também a Infraestruturas de Portugal (IP), em comunicado entretanto divulgado, reafirmou não haver qualquer suspensão ou cancelamento, e que estão em desenvolvimento e serão concretizados "todos os investimentos previstos" a executar no âmbito do Ferrovia2020.

Sobre o projeto de modernização da Linha do Douro, entre Marco de Canaveses e Régua, a IP adiantou que "não existe qualquer cancelamento da empreitada" e explicou que foram "dificuldades técnicas evidenciadas pelo consórcio projetista" que "obrigaram à revogação" do contrato, estando atualmente em fase de contratação um novo consórcio projetista.

No comunicado enviado à Lusa, o autarca de Baião reafirma que a eletrificação daquele troço ferroviário "vai potenciar a Linha do Douro, através da criação do serviço intercidades e garantir a melhoria da qualidade e segurança ao dispor das populações".

O troço em causa, ligando Marco de Canaveses, ainda no distrito do Porto, à Régua, no distrito de Vila Real, vai atravessar vários quilómetros da zona sul do concelho de Baião, quase sempre próximo do rio Douro.

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