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Governo da Madeira contra redução de orçamento europeu para agricultura

Funchal, Madeira, 13 nov 2019 (Lusa) -- O Governo da Madeira discorda da diminuição do orçamento para a política agrícola defendida pela União Europeia e pretende fazer uma "defesa intransigente dos interesses regionais", disse hoje o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural madeirense.

Governo da Madeira contra redução de orçamento europeu para agricultura
Notícias ao Minuto

12:10 - 13/11/19 por Lusa

Economia Agricultura

"O Governo Regional não concorda de forma alguma com a redução dos apoios ao setor primário e vai procurar fazer valer as suas posições na defesa intransigente dos interesses regionais, para que este histórico setor continue a ter um papel preponderante no crescente ciclo económico que a Madeira está a viver", declarou Humberto Vasconcelos no debate do programa do novo executivo insular, que será hoje votado sob a forma de moção de confiança.

Na opinião do governante, "a agricultura, pecuária e o desenvolvimento rural perpetuam janelas de oportunidades que devem ser aproveitadas".

"O desenvolvimento rural tem um papel vital para minimizar o fosso entre o rural e o urbano", considerou, apontando a urgência de "implementar medidas para garantir mais rendimentos e fixar as populações nos meios rurais".

Humberto Vasconcelos salientou "os desafios colocados pelas alterações climáticas, novos mercados e novas tecnologias", assegurando que neste ciclo de governação as políticas devem ter por objetivo "dotar a agropecuária das melhores condições de sustentabilidade e normal desenvolvimento".

Entre os objetivos traçados nesta área no programa do executivo madeirense de coligação PSD/CDS-PP para o período 2019-2023 incluem-se, segundo a tutela, medidas para cativar mais jovens empreendedores para a agropecuária, incentivar o modo de produção biológica, adaptar rapidamente a produção agrícola às alterações climáticas, melhorar a qualidade e o valor das produções agrícolas e pecuárias, e potenciar as variedades tradicionais locais.

O executivo entende que deve ser "tirado o melhor partido das tecnologias digitais para um agricultura e pecuária mais eficazes e eficiente", proporcionar mais rendimentos aos agricultores, produtores pecuários e às populações rurais, além de se incentivar o consumo privilegiado das produções regionais.

O governante mencionou que o programa do executivo insular prevê a adequação à região do Estatuto da Agricultura Familiar e do Jovem Empresário Rural.

"Vamos reforçar, através do Orçamento da Madeira, o pacote financeiro das ajudas do POSEI [programa comunitário com apoio para as produções locais], permitindo criar novos apoios, alterar quantidades e valores de ajudas já existentes", disse Humberto Vasconcelos.

Na área da pecuária e veterinária, o programa do Governo Regional refere o aperfeiçoamento da estratégia regional para a proteção e bem-estar dos animais, em parceria com os municípios, a constituição do provedor do animal, e a criação do polo da ovinicultura em Santana (norte da Madeira), integrado na Estação Zootécnica da Madeira.

Humberto Vasconcelos anunciou que será introduzido o seguro pecuário, que haverá uma maior ligação com as casas do povo e um melhor aproveitamento da escola agrícola para ações de formação em diferentes áreas.

O programa do XIII Governo da Madeira menciona ainda a criação do Centro Interpretativo da Flor da Madeira e o do Bordado da Madeira, além da aposta nas técnicas do trabalho do vime.

O governante insular fez um balanço a várias medidas implementadas na anterior legislatura, como a aposta feita nas ações promocionais do vinho Madeira, o apoio direto que está a ser dado às bordadeiras de casa, e afirmou que "se há setor que está garantido na região é o da banana".

A proposta para o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) para o período 2021-2027 esboçada pela presidência finlandesa do Conselho da União Europeia (UE) após a primeira ronda de reuniões bilaterais com os Estados-membros apontava para uma eventual redução entre 60 e 70 mil milhões do montante global de 1,279 biliões de euros (preços correntes) previsto pela Comissão Europeia.

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