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Portugal colocou 970 milhões em dívida a 10 anos a juros mais altos

Portugal colocou hoje 970 milhões de euros, montante abaixo do máximo anunciado, em Obrigações do Tesouro a 10 anos, com os juros a subirem para 0,333%, contra o mínimo de sempre de 0,264% no anterior leilão comparável.

Portugal colocou 970 milhões em dívida a 10 anos a juros mais altos
Notícias ao Minuto

11:01 - 13/11/19 por Lusa

Economia IGCP

Segundo a página do IGCP, agência que gere a dívida pública, na agência Bloomberg, foram colocados 970 milhões de euros em OT com maturidade em 15 de junho de 2029 (cerca de 10 anos) à taxa de juro de 0,333%, abaixo da registada em 11 de setembro, de 0,264% e atual mínimo histórico.

A procura das OT a 10 anos cifrou-se em 1.580 milhões de euros, 1,63 vezes o montante colocado.

No último leilão comparável de OT a 10 anos, realizado em 11 de setembro, foram colocados 600 milhões de euros com maturidade em 15 de junho de 2029 à taxa de juro de 0,264%, um novo mínimo de sempre, abaixo da registada em 10 de julho, de 0,510%, anterior mínimo histórico. A procura atingiu então 1.263 milhões de euros, 2,11 vezes o montante colocado.

IGCP tinha anunciado para hoje a realização de um leilão de OT com maturidade em 15 de junho de 2029 (cerca de 10 anos) num montante indicativo global entre 750 e 1.000 milhões de euros.

Para Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, a subida de hoje da taxa de juro acaba por refletir um movimento que ocorre "em toda a dívida soberana europeia" e exemplifica que os juros da dívida a 10 anos da Alemanha também subiram recentemente de -0,564% para -0,288%.

"As políticas acomodatícias dos bancos centrais, bem como o abrandamento económico mundial, continuam a suportar as taxas de juro em mínimos históricos", refere, considerando que é uma "tendência que não deve mudar muito nos próximos meses".

"O cenário atual tem permitido a Portugal estender a maturidade da sua dívida a taxas cada vez mais baixas", disse ainda Filipe Silva, lembrando: "No início do ano para o mesmo prazo estávamos a pagar 1,568% e agora pagamos 0,333%".

diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa conclui que "é esta poupança que tem permitido ter margem de manobra para reembolsar antecipadamente alguns dos empréstimos concedidos pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira".

Para David Silva, analista da corretora financeira Infinox, "a subida da taxa de juro e a reduzida procura (superou a oferta em apenas 1,63 vezes) não são uma surpresa e acompanham o atual momento da dívida soberana na Europa, uma vez que os investidores têm optado por ativos de maior risco, o que leva a procura por este tipo de produtos mais conservadores a sofrer uma quebra e, consequentemente, uma diminuição do preço e aumento da remuneração dos investidores".

Mas David Silva conclui que não se pode dizer que o leilão não foi bem sucedido, já que foi "a segunda emissão com o custo mais baixo da história".

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