CGD sonda investidores para emissão de dívida a cinco anos em breve

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) deve voltar ao mercado de dívida no "futuro próximo", pela primeira vez desde junho de 2018, para emitir títulos a cinco anos, e mandatou cinco instituições para reunir com investidores esta semana.

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Lusa
12/11/2019 15:47 ‧ 12/11/2019 por Lusa

Economia

Bloomberg

 

A agência Bloomberg noticia que a CGD mandatou cinco bancos de investimento -- Caixa BI, HSBC, Morgan Stanley, NatWest Markets e Société Générale -- para organizar uma série de reuniões com investidores em Paris e Londres.

Os encontros para auscultar a recetividade do mercado relativamente a títulos de dívida da CGD decorrerão nos dias 14 e 15 de novembro (quinta e sexta-feira, respetivamente).

O 'roadshow' decorrerá numa altura em que as taxas de juro dos títulos de dívida registam mínimos no mercado.

Segundo a mesma fonte, a CGD deve avançar com a emissão de títulos de dívida sénior ('SNP - Senior Non-Preferred') com maturidade de cinco anos e uma taxa de cupão fixa no "futuro próximo, sujeita às condições do mercado".

A Bloomberg adianta que os títulos deverão receber um 'rating' de 'Ba2' pela Moody's, 'BB+' pela Fitch e 'BBB' pela DBRS.

Será a primeira vez que o banco público irá ao mercado de dívida desde junho de 2018, no âmbito do processo de recapitalização, no valor de 4,9 mil milhões de euros.

Em 21 de junho, a CGD emitiu 500 milhões de euros em dívida 'tier2' a contar para o reforço de capital.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CGD indicou que a emissão tinha um prazo de 10 anos, com opção de reembolso antecipado pela CGD no final do quinto ano a uma taxa de juro de 5,75% nos primeiros cinco anos.

A emissão foi colocada exclusivamente junto de investidores institucionais, sobretudo gestores de ativos, tendo sido a última etapa do reforço do capital da CGD, acordada entre o Estado português e a Comissão Europeia em 2017.

Daquele valor, 3,9 mil milhões de euros vieram do Estado, sendo que 2,7 mil milhões de euros foram através de injeção de dinheiro, e foi ainda acordada uma emissão de mil milhões de euros de dívida, essencial para que a operação não fosse considerada ajuda do Estado.

A primeira parte da emissão de dívida foi realizada em 23 de março de 2017, no valor de 500 milhões de euros, a uma taxa de juro de 10,75%, tendo ficado a segunda parte da emissão agendada para 2018.

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