Baixas taxas de juro vão continuar a comprimir lucros dos bancos
A agência de 'rating' Moody's considera que "as baixas taxas de juro vão continuar a comprimir os lucros dos bancos" portugueses, apesar do atual efeito positivo na liquidez devido à política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
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Economia Moody's
"As taxas de juro irão tornar-se cada vez mais desafiantes para os bancos portugueses. Isto acontece porque a concorrência intensa está a colocar pressão adicional nas já baixas taxas de crédito, numa altura em que a margem para maior compensação com reduções dos custos de financiamento está a encolher acentuadamente", pode ler-se no relatório da Moody's sobre a banca portuguesa.
A agência de notação financeira adverte que as baixas taxas de juro incidirão particularmente nos bancos "com maior exposição a empréstimos com taxa variável, como crédito hipotecário à habitação".
"Não esperamos que o BCE comece a subir as taxas de juro antes do meio de 2020, e qualquer aumento será muito gradual", prevê ainda a agência.
No entanto, a Moody's considera que a política monetária do BCE "tem sido positiva para os bancos portugueses até agora, apoiando a sua liquidez".
"Também reduziu o fardo de pagamentos do altamente endividado setor privado, o que levou a menores perdas no crédito. Ao mesmo tempo, custos de financiamento mais baixos ajudaram a manter as margens financeiras líquidas largamente estáveis, apesar de menores taxas de crédito".
A Moody's diminuiu hoje a perspetiva da banca portuguesa de 'positiva' para 'estável', devido ao abrandamento do crescimento económico no país e na zona euro.
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