"Foram propostos aumentos salariais, que, nesta fase, andam à volta de um aumento de 4,5% para todos os trabalhadores", adiantou à Lusa Alexandre Delgado, do SITEMAQ.
Esta medida foi proposta numa reunião onde estiveram presentes os sindicatos representativos dos trabalhadores e a administração da Transtejo que, segundo Alexandre Delgado, ainda não tem uma resposta para este pedido.
"As propostas já lá dormem há meses, mas o que foi dito pela empresa é que estão presos, que ainda não têm nenhumas diretivas do poder político. Ainda não saiu o orçamento geral do Estado e como são empresas de capitais públicos têm que esperar.
No entanto, na visão do sindicalista, esta situação "já não leva a bom caminho", uma vez que é a segunda vez que se reúnem e a empresa "diz que ainda não tem coisa nenhuma".
A Lusa contactou também o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM), que remeteu esclarecimentos para o fim da tarde, depois da reunião com a Soflusa, que tem a mesma administração.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão a Lisboa enquanto a Soflusa garante a travessia entre o Barreiro e o Terreiro do Paço (Lisboa).
De acordo com Alexandre Delgado, a proposta para os trabalhadores da Soflusa é semelhante e a resposta da administração também deverá "ser a mesma conversa".
Segundo o sindicalista, a próxima reunião com as empresas ficou agendada para dia 28 de novembro.
Em 31 de julho, os trabalhadores da Transtejo e Soflusa aceitaram uma proposta feita pela administração, que incluía um aumento de 28 euros para todos os trabalhadores e a integração do subsídio de chefia dos mestres (49,44 euros) no salário base desta categoria profissional, o que entrou em vigor em agosto.
Este acordo teve maior significado para a Soflusa que, a partir de junho, registou inúmeras perturbações no serviço de transporte fluvial devido à recusa do trabalho extraordinário dos mestres, que exigiam o aumento do prémio de chefia em cerca de 60 euros.