Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Santander não espera cobrar juros negativos nos depósitos brevemente

O presidente executivo do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, referiu hoje que o banco não espera poder, a curto prazo, cobrar taxas de juro negativas nos depósitos de clientes institucionais ou grandes empresas.

Santander não espera cobrar juros negativos nos depósitos brevemente
Notícias ao Minuto

14:21 - 31/10/19 por Lusa

Economia presidente

"Nunca tive expectativa que de repente se pudessem aplicar taxas de juro negativas nos depósitos", afirmou Pedro Castro e Almeida na apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano do Santander Totta (lucros de 390,6 milhões de euros).

No entanto, num prazo mais longo, "o Governo e o Banco de Portugal" terão de abordar a hipótese, "numa situação em que as taxas de juro, em que a Euribor vá continuar a estes níveis, ou eventualmente até se ficar mais negativa".

"Se em cima disso os bancos começarem a ter grandes problemas de rentabilidade, como acredito que possa vir a acontecer se tivermos esta situação de taxas negativas muito baixas e um abrandamento da economia, acho que não podemos continuar com este desquadro do balanço", acrescentou.

"No futuro, provavelmente, não sei se depois de acontecer alguma coisa a um ou outro banco, pode ser que alguém olhe nessa situação e perceba que há aqui uma situação em Portugal que é diferente na Europa, e que naturalmente afeta", afirmou.

Em Portugal, ao contrário do que acontece noutros países da Europa, não é possível cobrar taxas de juro negativas nos depósitos.

Pedro Castro e Almeida referiu ainda que "ainda não há conversas formais com o Banco de Portugal" com vista a poder aplicar essas taxas a clientes institucionais, grandes empresas ou 'private banking', mas sim um "pedido de esclarecimento relativamente à parte das comissões" sobre esses clientes.

"O que me parece que vai ser o caminho e que vai acontecer, e que é um primeiro princípio que me parece razoável, tem aqui a ver com uma questão de ser justo do que os bancos quererem andar a cobrar mais comissões", considerou o gestor, acrescentando que acredita ser possível "os bancos poderem cobrar comissões" sobre grandes empresas e clientes institucionais.

Pedro Castro e Almeida disse também acreditar que na Europa, "no segmento de 'private banking', se vai poder cobrar comissões, ou seja, ter taxas de juro negativas nos depósitos.

"Na generalidade da Europa vão cobrar, alguns já estão a cobrar, penso que para clientes institucionais, grandes empresas e 'private banking' vão cobrar. Não vislumbro, no curto prazo, que se possam cobrar taxas de juro negativas a estes três segmentos", afirmou.

Para o caso de os bancos portugueses atraírem grandes depósitos internacionais devido a não ser possível cobrar taxas de juro negativas, Pedro Castro e Almeida prevê que esse seja "um outro catalisador que pode mudar esta questão em Portugal".

"Se os bancos portugueses ficarem inundados de liquidez de multinacionais e de grandes empresas, acho que nessa altura se vai ter de fazer alguma coisa, porque os bancos vão ter de pegar nesse dinheiro e colocar no Banco Central Europeu a menos de 0,5%", o que afetará a rentabilidade das instituições financeiras portuguesas, concluiu.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório