Após a sua última reunião como presidente do BCE, Draghi afirmou, em conferência de imprensa, que persistem "riscos significativos de baixa" do crescimento e que as pressões inflacionistas são fracas.
Antes, e tal como era esperado, o Banco Central Europeu anunciou que a principal taxa de refinanciamento mantém-se em zero e a taxa de depósito permanece em -0,50%, depois de ter baixado uma décima em setembro.
A taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 0,25%.
O BCE também reiterou que o seu programa de compra de dívida vai ser relançado em novembro, por um período indeterminado, a um ritmo de 20 mil milhões de euros por mês.
Apontando "fatores geopolíticos", o "protecionismo crescente" e "as vulnerabilidades dos mercados emergentes", Draghi justificou as medidas de estímulo adotadas em setembro e que não tiveram agora qualquer alteração.
O presidente do BCE disse que há uma série de "incertezas" que travam a economia da zona euro, como a tensão comercial e o Brexit.
A próxima presidente do BCE, Christine Lagarde, que assumirá o cargo a partir de novembro, assistiu a esta reunião, sem participar nas discussões.
O BCE indicou que, de acordo com os dados económicos divulgados após a sua reunião de setembro, foi confirmada a avaliação "de um enfraquecimento prolongado" do crescimento na zona euro, que continuará "positivo mas moderado" até ao fim do ano.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou recentemente que prevê um crescimento de 1,2% para 2019 e de 1,4% para 2020 nos 19 países da moeda única.
Draghi instou de novo os governos com espaço orçamental a "atuarem de forma efetiva e a tempo" tendo em conta o enfraquecimento económico.