5G: Anacom lança campanha de informação sobre migração da TDT
A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) vai lançar uma campanha de informação sobre a migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) que inclui a criação de um 'call center' para apoiar os consumidores, disse o presidente da entidade.
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Economia 5G
João Cadete de Matos, que assinou hoje um protocolo com cinco autarquias do norte, adiantou que o 'call center' contará com funcionários especializados da Anacom e outros, que serão contratados externamente, para apoiar no processo de migração, que tem como objetivo libertar a faixa dos 700 Mhz (megahertz) para a implementação do 5G (quinta geração móvel).
Os funcionários terão ainda a capacidade de levar a cabo uma "gestão de agendamento" para apoio aos consumidores que tenham dificuldade em sintonizar as suas televisões na nova frequência e que terão direito a um apoio domiciliário.
Haverá um número de telefone gratuito para onde os consumidores poderão ligar.
João Cadete de Matos adiantou ainda que a campanha será realizada com o apoio dos CTT, juntas de freguesia e Câmaras e que envolve o envio de cartas e folhetos, bem como de campanhas nas televisões e rádios sobre este processo.
O presidente da Anacom realçou que o principal objetivo é impedir que quem vê televisão através da TDT seja "enganado" e conduzido à compra de equipamentos ou à subscrição da televisão paga.
"A televisão gratuita é um direito e não há nenhuma impossibilidade técnica" de lhe aceder, ou seja, alertou o presidente da Anacom, os consumidores terão apenas que voltar a sintonizar os seus aparelhos, sem necessidade de comprar equipamentos ou subscrever serviços.
O facto de o 'call center' ser da responsabilidade da Anacom, e não da Altice, que vai no terreno prestar o serviço de migração da frequência, está relacionado com o "preço" apresentado pelo operador, que o regulador considerou elevado, bem como para evitar "conflitos de interesses", dado que a empresa também tem televisão paga.
O processo de migração da TDT tem início em 27 de novembro, em Odivelas e alarga-se ao resto do país, em princípio, no final de janeiro, num processo que começa no sul e vai avançando para norte e termina nas regiões autónomas. A Altice pediu flexibilidade para contratar meios, por isso a alteração de frequências pode atrasar para fevereiro, mas o presidente da Anacom diz que terá que estar concluída em junho deste ano.
A Anacom estima que perto de 45% das pessoas que usam TDT (e que têm também televisão paga, ou seja, cerca de 25% do total de utilizadores) tenham que voltar a sintonizar os seus aparelhos.
As restantes já não estão dentro da faixa dos 700 Mhz.
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