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Bolsa dos EUA quase inalterada em outubro, 90 anos após grande 'crash'

Os principais índices norte-americanos estão praticamente inalterados no balanço desde o início do mês, a poucos dias do nonagésimo aniversário daquele que ficou conhecido na história como o grande 'crash' de Wall Street.

Bolsa dos EUA quase inalterada em outubro, 90 anos após grande 'crash'
Notícias ao Minuto

07:40 - 22/10/19 por Lusa

Economia Bolsas

De acordo com dados da agência Bloomberg, o índice industrial Dow Jones desce menos de 0,5% desde o início do mês de outubro, enquanto o Standard & Poor's 500 valoriza menos de 1%, longe das fortes perdas registadas no 'outubro negro' de 1929.

No dia 24 de outubro de 1929, que ficou conhecido como a quinta-feira negra, o Dow Jones afundou 11% na abertura da sessão, dando início ao 'crash' de Wall Street.

Naquela sessão, a bolsa quase colapsou, com milhões de pessoas a vender as ações, numa tentativa de retirar o dinheiro do mercado com medo de o perder todo.

Depois, na segunda-feira, 28 de outubro, o Dow Jones perdeu mais de 13% e no dia seguinte, uma terça-feira, voltou a cair quase 12%, dando início àquela que ficou na história como a Grande Depressão.

Os últimos dias de outubro em Nova Iorque foram alguns dos mais trágicos da história do mundo financeiro, com muitos investidores a suicidarem-se, perturbados com a perda das fortunas ganhas no mercado de capitais.

Em menos de quatro anos, o número de desempregados nos Estados Unidos mais do que duplicou, atingindo 13 milhões de pessoas.

Os 'crash' surgem quando os preços das ações sobem ininterruptamente, acima dos valores fundamentais das empresas e sem uma adequação sensata às perspetivas de crescimento e desenvolvimento das sociedades no futuro.

A este movimento de subida forte e constante costuma chamar-se uma espiral especulativa, que normalmente acaba com uma queda abrupta das ações, o que aconteceu em Nova Iorque no final da década de vinte.

Entre 1925 e 1929, os preços das ações na Bolsa Nova Iorque mais que duplicaram o seu valor, uma valorização que fez com que milhares de pessoas começassem a especular ou a tentar comprar grandes quantidades de ações para terem ganhos avultados.

Quase seis décadas depois, em 1987, novamente em outubro, no dia 19, uma segunda-feira, o Dow Jones desceu 22,6%, enquanto o Standard & Poor's perdeu 20,5% e o Nasdaq Composite recuou mais de 11%.

Os maiores índices bolsistas norte-americanos perderam um terço do seu valor (em pontos) na semana terminada no dia do 'crash'.

No dia seguinte, terça-feira, o Wall Street Journal usava em título palavras como "pânico", "debacle" e "mergulho" e expressões como "dia do juízo final", referindo-se, nos textos, à "segunda-feira" negra como um "crash".

Em 1997, outra vez em outubro, a crise asiática refletiu-se em Wall Street, onde está sediado o maior mercado acionista do mundo.

No dia 27, uma sexta-feira, o índice Standard & Poor's caiu 6,87%, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq perderam mais de 7%.

Novamente, falou-se em "crash" e o New York Times titulou, na sua edição de sábado, que esta quebra era "o regresso do medo".

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