Lucros da Galp descem 52% para 101 milhões no terceiro trimestre
No mesmo período do ano anterior, a Galp tinha registado lucros de 212 milhões de euros.
© Galp Energia
Economia Galp
O resultado líquido ajustado (RCA) da Galp Energia registou uma quebra de 52% no terceiro trimestre para 101 milhões de euros, anunciou a petrolífera, esta terça-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"O resultado líquido RCA foi de 101 milhões de euros. O resultado líquido IFRS foi de 60 milhões de euros, considerando eventos não recorrentes negativos de -17 milhões de euros e efeito de stock de -24 milhões de euros", pode ler-se no comunicado.
Já nos primeiros nove meses do ano, a Galp Energia registou um resultado líquido ajustado de 403 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019, uma retração de 33% em relação ao período homólogo de 2018.
Já os resultados líquidos em IFRS (segundo normas internacionais de relato financeiro - International Financial Reporting Standards - IFRS) fixaram-se em 283 milhões de euros, um recuo de 59% face ao período homólogo, informou hoje a empresa em comunicado ao mercado.
O investimento acumulado até ao final de setembro diminuiu 4% para os 573 milhões de euros quando comparado com o mesmo período de 2018, sendo 73% do valor dedicado a projetos de exploração e produção.
Em 30 de setembro de 2019, a dívida líquida situava-se em 1,645 mil milhões de euros, menos 92 milhões de euros do que no final de 2018, refletindo a geração de caixa positiva da empresa nos primeiros nove meses do ano. O rácio de dívida líquida sobre Ebitda RCA é de 0,8x.
Galp revê em alta investimento anual até 2022
A Galp prevê investir entre 1,0 e 1,2 mil milhões de euros por ano até 2022, dos quais mais de 40% em projetos de transição energética, onde inclui o aumento do peso do gás natural.
A Galp apresentou, também esta terça-feira, uma atualização da sua estratégia de investimento para os próximos anos, em que reforça "os valores de investimento a aplicar em projetos que promovem a transição para um modelo energético de menor intensidade carbónica".
Estes projetos "incluem o aumento do peso do gás natural no 'mix' de produção, bem como o desenvolvimento de um negócio competitivo de geração de eletricidade, através de fontes renováveis", adianta a petrolífera.
"Estamos a preparar a Galp para o seu próximo ciclo de crescimento, em que seremos parte ativa da transição energética" afirma Carlos Gomes da Silva, presidente executivo da Galp, citado no comunicado.
O investimento médio em energias renováveis e em novos negócios deverá representar entre 10% e 15% de toda a alocação de capital, especifica a empresa.
Além das enfoque em novas oportunidade, os investimentos da Galp no 'upstream' continuam "focados no desenvolvimento de projetos de elevado potencial, com o 'breakeven' médio do portefólio a manter-se em cerca de 25 dólares por barril" e no 'downstream' pretende otimizar e reforçar a sua base de ativos na refinação e comercialização, bem como explorar seletivamente novas oportunidades de valor acrescentado que permitam aumentar a competitividade do seu portefólio.
Em termos financeiros, a Galp pretende continuar numa "posição robusta", referindo que "todas as ações de alocação de capital deverão estar em linha com o compromisso da manutenção de um rácio de Dívida Líquida/Ebitda abaixo de 2x".
Neste novo contexto, a Galp prevê um aumento anual de 10% no dividendo por ação ao longo dos próximos três anos (2019-21).
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