Rendas 'levam' metade do rendimento. "É uma situação extremamente grave"
Em Lisboa o mercado imobiliário continua a revelar preocupações. O patamar dos 35% que é recomendado como limite máximo da taxa de esforço é ultrapassado em 11 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML).
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Economia Rendas
O patamar dos 35% que é recomendado como limite máximo da taxa de esforço a que devem ser submetidas as famílias para o pagamento da renda é ultrapassado em 11 dos 18 concelhos que compõem a Área Metropolitana de Lisboa (AML), noticia o Público. "É uma situação extremamente grave", disse António Machado, diretor da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL), ao Notícias ao Minuto.
O jornal apresenta, na edição desta segunda-feira, um estudo da faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que revela que a capacidade financeira das famílias está "seriamente pressionada" relativamente ao acesso ao mercado de arrendamento.
António Machado revela que as situações mais preocupantes são as dos jovens e idosos. "Os segmentos mais baixos têm taxas de esforço mais elevadas. Os programas [de arrendamento] são pouco. A habitação pública continua a ser pouca", apontou.
Segundo o estudo, ao qual o Público teve acesso, na capital portuguesa a taxa de esforço para compra de uma casa estava no final de 2018 nos 58% e no caso do arrendamento subiu para os 67%.
Como o mercado imobiliário continua em altas e a penalizar os que têm menos rendimentos, António Machado aponta para a "demora" dos programas. "Já deveria ter sido feito. Há milhares de casas que pertencem ao setor público que deveriam estar alocadas ao arrendamento através de bolsas", apontou o diretor da Associação dos Inquilinos Lisbonenses.
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