Acordo para o Brexit? "Trouxe algum otimismo aos investidores"
Ainda assim, há alguma incerteza associada aos moldes em que o acordo pode (ou não) acontecer.
© Reuters
Economia Brexit
O acordo para o Brexit, anunciado esta quinta-feira por representantes do Reino Unido e da União Europeia, trouxe algum otimismo aos investidores, motivo pelo qual as bolsas europeias e a libra reagiram em alta. Porém, ainda permanece alguma incerteza.
"Depois dos constantes avanços e recuos que temos vindo a assistir ao longo das últimas semanas (tal como tem acontecido desde 2016), a notícia avançada esta manhã pelo primeiro ministro britânico e o representante máximo da comissão europeia, de que teriam finalmente chegado a acordo ao fim de três anos de negociações, trouxe algum otimismo aos investidores, levando a uma valorização instantânea da libra esterlina, dos índices acionistas e das yields europeias", refere David Silva, analista da corretora Infinox, num comentário enviado ao Notícias ao Minuto.
O que aconteceu logo após a divulgação da notícia, explica o analista, é que os investidores reagiram por impulso: "Tal como é habitual nestes momentos de notícias inesperadas, a impulsividade dos investidores esteve em evidência nos minutos seguintes à divulgação, uma vez que os investidores aproveitaram este acontecimento para entrarem compradores, acreditando numa futura valorização dos diversos ativos", aponta.
Ainda assim, há incerteza associada aos moldes em que o acordo pode, realmente, verificar-se. Isto porque o partido trabalhista manifestou-se contra o acordo para o 'Brexit' anunciado hoje pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendendo que deve ser sujeito a um referendo.
Por isso, "adivinha-se um cenário difícil no parlamento britânico para Boris Johnson, uma vez que necessita de pelo menos 320 votos a seu favor, relembrando que May nunca conseguiu mais que 259", realça o analista da Infinox.
Por este motivo, as praças europeias moderaram os ganhos e a libra voltou a inverter para território negativo, uma correção que é explicada pelo facto de os "investidores a aproveitarem para arrecadar alguns ganhos obtidos durante a manhã", refere David Silva.
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