A saída de Tomás Correia da Mutualista Montepio Geral (AMMG) poderá estar próxima. Em causa está o facto de a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) estar a concluir o processo de avaliação de idoneidade, admitindo que Tomás Correia não reúne as condições para continuar no cargo.

A notícia está a ser avançada, esta quinta-feira, pelo jornal Público e pelo Jornal Económico, que apontam que os restantes 22 gestores da Mutualista já estarão aprovados, à exceção de Tomás Correia.

De recordar que este processo começou há um ano, altura em que o primeiro-ministro, António Costa, recebeu uma carta com o assunto 'Situação na Associação Mutualista Montepio Geral' e com um pedido adjacente: a substituição do presidente Tomás Correia e da sua equipa, de forma a evitar "potenciais consequências", lembra o Público.

Ainda segundo o mesmo jornal, Tomás Correia já terá tido conhecimento de que o seu afastamento está para breve, de modo a que tenha tempo para se afastar e preparar a sua sucessão. 

Ora, na quarta-feira, foi noticiado que o Conselho Geral da AMMG vai reunir-se no dia 24 de outubro, disse fonte oficial da Mutualista à Lusa. Porém, questionada sobre a possibilidade de Tomás Correia renunciar à presidência nesta reunião, a mesma fonte negou.

Também o próprio Tomás Correia, contactado pelo Jornal Económico, disse que não está prevista qualquer renúncia ao cargo na reunião com o conselho geral da AMMG.

Em fevereiro deste ano, sublinhe-se, foi conhecida a multa de 1,25 milhões euros do Banco de Portugal a Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, por irregularidades quando era presidente do Banco Montepio.

A Associação Mutualista Montepio Geral, com mais de 600 mil associados, é o topo do grupo Montepio e tem como principal empresa subsidiária a Caixa Económica Montepio Geral, que desenvolve o negócio bancário.

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