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"Compromissos atuais do Acordo de Paris não são suficientes"

O antigo ministro das Finanças e atual diretor do FMI Vítor Gaspar afirmou hoje que os objetivos do acordo climático de Paris "não são suficientes", e reiterou o pedido de ação aos ministros das Finanças mundiais.

"Compromissos atuais do Acordo de Paris não são suficientes"
Notícias ao Minuto

14:35 - 16/10/19 por Lusa

Economia Vítor Gaspar

Em observações feitas na apresentação do 'Fiscal Monitor' do Fundo Monetário Internacional (FMI), o diretor de Assuntos Orçamentais da organização afirmou que os "compromissos atuais do Acordo de Paris não são suficientes".

Relembrando que o acordo celebrado na cimeira climática COP21, em 2015, prevê uma limitação do aquecimento global até 3 graus, Vítor Gaspar disse que este valor "está bem acima do valor seguro".

"Para limitar o aquecimento global a 2 graus ou menos (o nível considerado seguro pelos cientistas), os ministros das Finanças precisam de tomar ações de política orçamental substanciais", adverte Vítor Gaspar.

Salientando que a proposta de 75 dólares por tonelada de dióxido de carbono (CO2) emitido até 2030 não é uma recomendação do FMI, o antigo ministro das Finanças refere que tal taxa serve "para comunicar a escala do esforço requerido".

No entanto, caso essa taxa fosse implementada, "a China e a Índia contabilizariam quase 70% da redução de emissões de CO2 nas economias do G20 (comparado com um cenário de não ação). Isto reflete o papel dominante do carvão nas economias da China e da Índia", salienta Vítor Gaspar.

As declarações do diretor do FMI remetem para o 'Fiscal Monitor' divulgado na semana passada e para o blogue do Fundo, em que num artigo publicado juntamente com Paolo Mauro, Ian Parry e Catherine Pattillo, Vítor Gaspar defendeu que os ministros das Finanças de todo o mundo "devem reformar o sistema de impostos e políticas orçamentais para desencorajar emissões carbónicas provenientes do carvão ou de outros combustíveis fósseis poluentes".

No 'Fiscal Monitor', o FMI considerou que a taxação ou outras medidas que afetem preços são os incentivos "mais poderosos e eficientes" para a redução de emissões de dióxido de carbono.

"A taxação do carbono ou outros sistemas que usem sinais de preços proporcionam os incentivos mais poderosos e eficientes para os agregados domésticos e as empresas reduzirem as emissões de dióxido de carbono", defendem os economistas do FMI que elaboraram o 'Fiscal Monitor', conhecido na quinta-feira.

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