"As eleições ocorreram há uma semana. Desde então tenho tido muito poucos contactos com investidores, mas os contactos que tive não pronunciam um grande nível de preocupação com a situação política portuguesa. A configuração do resultado eleitoral não parece ter suscitado grandes preocupações", afirmou Cristina Casalinho aos jornalistas.
A presidente do IGCP respondia aos jornalista à margem do Seminário Internacional "Mercados de dívida pública -- Desafios num quadro de aprofundamento da UEM", que decorre no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa.
A presidente do IGCP frisou que "temos uma boa evidência empírica" do nível de preocupação com o comportamento das taxas de juro portuguesas no mercado.
"Com as eleições espanholas a aproximarem-se vemos que houve uma inversão da posição relativa em termos de prémio de risco dos dois países. Portugal hoje em dia está a transacionar a um nível inferior, com taxas de juro mais baixas que Espanha, o que, de alguma forma, evidencia bem a perceção que os mercados, a reação que os investidores tiveram em relação aos resultados eleitorais. Podemos dizer que foi positiva", referiu Cristina Casalinho.